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Este domingo, dia 21, será um dia mais curto, ele terá 23 horas, isso porque quando for meia noite os relógios darão um pulo para uma hora da madrugada. À zero hora de domingo, os relógios de quem mora nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, além do estado da Bahia, deverão ser adiantados em uma hora. Nesta data, entra em vigor no país, o Horário Nacional de Verão, que se estenderá até 17 de fevereiro do ano que vem.
O horário de verão é a alteração do horário de uma região, designado apenas durante uma porção do ano, adiantando-se, em geral, uma hora no fuso horário oficial local. O procedimento é adotado costumeiramente durante o verão, quando os dias são mais longos, em função da posição da Terra em relação ao Sol, daí o nome "horário de verão".
A ideia de adiantar os relógios para aproveitar melhor as horas de sol foi lançada em 1784 pelo político e inventor americano Benjamin Franklin, numa época em que ainda não existia luz elétrica. Mas sua ideia não sensibilizou nem o governo do seu país, nem o da França, onde foi publicado um artigo seu sobre a possível economia em cera de vela gerada pelo adiantamento do relógio em uma hora no verão.
Mais tarde, em 1907, a Sociedade Astronômica Real tentou persuadir, sem sucesso, a sociedade britânica a adotar a prática. O primeiro país a adotar oficialmente o horário de verão foi a Alemanha em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, como medida para economizar carvão.
Críticos do horário de verão alegam que a medida afeta o chamado relógio biológico das pessoas, principalmente das mais velhas, com prejuízos à saúde
O horário de verão contribui para reduzir o consumo de energia, mas a medida só funciona nas regiões distantes da linha do equador, porque nesta estação os dias se tornam mais longos e as noites mais curtas. Porém nas regiões próximas ao equador, como a maior parte do Brasil, os dias e as noites têm duração igual ao longo do ano e a implantação do horário de verão nesses locais, traz muito pouco ou nenhum proveito. Contudo, seu maior efeito é diluir o chamado "horário de pico", evitando assim uma sobrecarga do sistema energético.
Com o horário de verão, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) estima uma redução na demanda diária máxima de energia de até 4%, o que corresponde a cerca de 320 MW, em Minas Gerais. Essa energia equivale, por dia, a uma redução no horário de pico comparável à demanda no mesmo horário de Juiz de Fora e Sete Lagoas, cidades de porte médio do interior de Minas, ou de uma grande cidade com 750 mil habitantes. Em termos de geração, equivale a 2,4 usinas do porte da Usina Térmica Igarapé (com 131 MW de potência).
Durante os 119 dias, ou praticamente quatro meses, de Horário de Verão, espera-se uma economia de energia de até 0,5% (88.000 MWh), o que seria suficiente para abastecer as cidades de Lavras, Três Corações e Varginha durante 69 dias. Para o consumidor residencial, por sua vez, a redução mensal pode chegar a 5%, sem a mudança dos hábitos de consumo.