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Publicada em: 15/10/2012 19:12 - Atualizada em: 15/10/2012 22:24
Ao Mestre, com carinho
Hoje é um dia muito especial, é o dia daquele que todos nós devemos a ele, o professor.

Foto ilustrativa

 

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Hoje é dia do professor e como Lavras é uma cidade em que grandes nomes se destacaram e ainda destacam na área da educação, como Samuel Gammon, Canísio Lunkes, Zenita Guenther, Firmino Costa, José Luiz de Mesquita, Sinval Silva e tantos outros, o Jornal de Lavras conta um pouco da história da educação em Lavras, não aquela tradicional, que todos conhecem, como a chegada dos americanos que fundaram o Instituto Gammon, ou de Benjamin Hunnicutt, que fundou a escola agrícola, ou a missão do professor Canísio, que como os americanos, aqui aportou e plantou uma semente que se frutificou, mas um capítulo da história da educação que muito pouca gente conhece.

A primeira notícia sobre uma escola em Lavras é datada de 7 de setembro de 1792, quando foi nomeado professor público de Lavras o padre Manoel Moreira Prudente, que tomou posse do cargo em 23 de abril de 1793. A sua nomeação encontra-se registrada no livro de Nomeações na folha 56 verso. "Dona Maria por graça de Deus Rainha de Portugal, e dos Algarves daquém, e dalém mar, em África Senhora da Guiné, etc. Faço saber aos que esta minha Provisão virem, que eu fui servida fazer mercê a Manoel Moreira Prudente, Presbítero Secular, do emprego de Substituto da Escola de ler, escrever, contar, e Cathecismo do Arrayal das Lavras do Funil em Minas Geraes, vencendo o ordenado anual de cento, e cincoenta mil réis pagos a quartéis adiantados, pelo cofre do Subsídio literário, que se acha na administração da junta da minha Real Fazenda da Capitania de Minas Geraes desde o dia da sua posse, e mostrar Ter a sua Escola aberta, o qual emprego servirá por tempo de seis anos. Pelo que mando a todos as pessoas a quem conhecendo desta pertencer, que deixem usar livremente ao sobredito substituto do seu magistério, e gozar de todas as insenções, e privilégios, que lhe são concedidos. Para o que mandei se lhe passasse a presente, que se cumprirá sem dúvida alguma, e se registrará na Câmara e onde convier para ter o seu devido efeito, ficando obrigado dentro de ano e meio a remeter certidão da sua posse. A Rainha Nossa Senhora o mandou pelos deputados abaixo assinados da Real Mesa da Comissão Geral sobre exame e censura dos livros. Caetano José Mendes a fez em Lisboa aos 7 de setembro de mil setecentos e noventa e dois. Felix Leal Arnau a fez escrever. Paschoal José de Mello, João Guilherme Christin Muller."

Outra anotação histórica é uma ata da sessão do Conselho do Governo da Província, que no dia 27 de março de 1828, foi assentada a organização do ensino primário e secundário de Minas Gerais, obedecendo ao "Plano Geral das Escolas de Primeiras Letras e de Gramática Latina", proposto por Bernardo Pereira de Vasconcellos.

De acordo com a ata, resolveu-se criar e conservar as já existentes, entre elas a de primeiras letras para alunos de ambos os sexos. Até 1776 não havia nenhuma escola primária em Minas Gerais, nesse ano que os mineiros começaram a pagar os subsídios literários e, até a época da Independência do Brasil, eram raríssimas as escolas no Estado.

Em 18 de outubro de 1833, segundo o relatório do fiscal suplente Pedro Alvarez de Andrade, havia em Lavras três escolas de primeiras letras, uma pública com 50 alunos do sexo masculino e 19 alunas do sexo feminino, sob a direção do professor Raymundo Nato Brasileiro de Oliveira Novaes; e 2 outras particulares.

Seis dias depois, no dia 24 de outubro de 1833, o vereador João Evangelista de Carvalho apresenta a recém criada Câmara Municipal da Vila de Lavras, um pedido para a criação de uma escola primária para o sexo feminino. Esta mesma proposta foi renovada pelo vereador Antônio Simões de Souza, nas sessões de 9 de janeiro de 1836 e 16 de janeiro de 1838.

Tem a data de 7 de julho de 1834 um documento interessante: o professor Raymundo Nato Brasileiro de Oliveira Novaes, encaminha a Câmara uma relação nominal dos alunos matriculados na Escola de Primeiras Letras, com um total de 64 pessoas. Na oportunidade, o professor afirma que apenas 28 estariam frequentando as aulas.

No dia 18 de maio de 1873, é instalada a Associação Propagadora da Instrução, a qual se deve a construção do prédio do Grupo Escolar, a princípio chamada de Casa de Instrução, tendo sido o principal promotor desse melhoramento o Dr. Joaquim Barbosa Lima, então juiz de direito da comarca.

Em primeiro de setembro de 1874, começa a funcionar a escola dirigida pelo padre Flávio Ribeiro de Almeida, que tinha o corpo docente formado pelos professores: padre Américo Christiano Brasileiro, padre Manoel José Dias, Luciano Leopoldo Brasileiro, Custódio Leite de Araújo, José Cândido dos Passos e Valentim Zuquim dos Passos. Lamentavelmente o colégio fechou suas portas em 30 de setembro de 1877, apesar de se manter nesses três anos com uma média de 50 alunos.

Em julho, no dia 2, de 1889, por iniciativa de um grupo de pessoas, é criada uma escola noturna para os escravos libertados; trabalharam como voluntários os cidadãos: Affonso de Mesquita, Vicente de Souza, Lopes Neves, Evaristo de Araújo e Antônio Lopes Pereira.

Em 11 de abril de 1898 instala-se a Escola Noturna Municipal sob a regência firme do professor Urbano José Freire de Mesquita, que durante muitos anos alfabetizou muitos lavrenses.

O professor José Luiz de Mesquita, presidente da Sociedade Beneficente dos Operários Lavrenses, solicita, no dia 19 de setembro de 1911 da Câmara Municipal, recursos para estabelecer uma aula noturna para operários. Em 14 de outubro do mesmo ano, recebeu a quantia de 200 mil réis para ajudá-lo a fundar a conhecida Escola Noturna Estadual de Lavras, que em seus 44 anos de existência alfabetizou 5.250 alunos.

 

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