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/ Meio Ambiente /


Publicada em: 13/09/2012 21:59 - Atualizada em: 14/09/2012 10:06
O brilho azul da morte foi visto de perto por um lavrense
Um lavrense viu de perto a tragédia do césio 137 e trabalhou na descontaminação da área, isso há exatamente 25 anos.

 

Foto ilustrativa

 

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Esta semana duas datas que marcaram o mundo foram lembradas: o atentado as torres gêmeas, no dia 11 de setembro de 2001 e o acidente nuclear em Goiânia, no dia 13 de setembro de 1987.

O acidente nuclear em Goiânia foi um dos mais graves no mundo. Só não foi maior que o da usina nuclear de Chernobyl, a "Vladimir Lênin", na Ucrânia, acontecido pouco mais de um ano antes da tragédia no Brasil.

Em Goiânia o que ocorreu foi um vazamento de césio 137, que estava numa cápsula de um equipamento em desuso do Instituto Goiano de Radioterapia. Ela foi furtada do depósito levada por dois sucateiros. A peça foi desmontada e depois vendida em um ferro velho, tudo para reciclar o chumbo, um material não ferroso que tem um bom valor no mercado da sucata.

A retirada do chumbo expôs 19,26 gramas de césio 137, um material radioativo, um pó branco que emite uma luz azulada no escuro. O pó foi exibido para os vizinhos e guardado na casa do sucateiro, que exibiu aos seus filhos na hora do jantar. Todos brincaram com o produto.

Não demorou muito para que as pessoas começassem a apresentar os primeiros sinais de altos níveis de radiação, que foi diagnosticada depois que tiveram diarréia, náuseas, tonturas e muito vômito. No hospital da cidade as vítimas foram medicadas como portadores de doença contagiosa. Somente depois de 16 dias, quando parte da máquina de radioterapia foi levada à Vigilância Sanitária, constatou-se que os sintomas eram de contaminação radioativa.

Foi então que o mundo tomou conhecimento da maior tragédia nuclear do Brasil. Imediatamente foi acionado a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), que enviou para aquela cidade engenheiros e técnicos para trabalharem na descontaminação das pessoas e da área.

Um desses engenheiros era Luiz Amaral Lunkes, lavrense e filho do educador Canísio Inácio Lunkes, uma referencia na educação em Minas Gerais, como Samuel Gammon, Firmino Costa, Zenita Gunther, José Luiz de Mesquita e outros.

O trabalho da Cnen se estendeu por mais de um ano, o terreno onde existia o depósito de ferro velho foi cavado a uma profundidade de mais de três metros e depois concretado, até hoje ele é monitorado pela Cnen. Após o incidente, cerca de 600 pessoas morreram, e até hoje, boa parte da população atingida ainda necessita de tratamento contra o câncer para manter-se estável.

 

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