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Publicada em: 13/09/2012 09:53 - Atualizada em: 13/09/2012 12:57
Campanha "Rex, Bretas, GF e ABC quero o meu troco" está ganhando força
Campanha foi iniciada nas redes sociais e visa encorajar os clientes a cobrarem o seu centavo, como acontece nos países desenvolvidos.

Imagem extraída da rede social Facebook

 

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A internet é uma ferramenta que, sabendo usar, pode promover uma revolução. A Primavera Árabe, que levou os países do mundo árabe, a partir de 2010, a uma série de protestos que resultou na queda gradativa de diversos líderes é um exemplo disso. Tudo começou com o uso das mídias sociais, como o Facebook, Youtube e Twitter. Ditadores que se mantinham no poder há 20, 30 anos ou mais foram derrubados.

Há pouco menos de um mês os lavrenses tomaram conhecimento, através das redes sociais, de uma campanha nas redes sociais que já está ganhando a simpatia de todos, a campanha contra as quatro redes de supermercados da cidade: Rex, ABC, Bretas e GF.

A campanha que ganhou as redes sociais e está ganhando a simpatia dos consumidores de Lavras é a "Eu quero o meu troco". A campanha visa incentivar os lavrenses a exigirem o que ele tem de direito, o troco correto, os centavos que os supermercados não entregam aos seus fregueses.

As redes de supermercados tem um discurso na ponta da língua para explicar o famoso "arredondamento" do troco, tanto para cima quanto para baixo. Segundo eles, quando o troco é inferior a R$ 0,03, ele é arredondado para baixo, ou seja: se o freguês tem direito a receber R$ 2,02, ele receberá apenas R$ 2. Acima de R$ 0,03, o troco é arredondado para cima. Na mesma situação citada, se o freguês tem direito a receber R$ 2,04, ele receberá então R$ 2,05.

A justificativa procederia se as redes de supermercados não agregassem ao valor da mercadoria os famosos R$ 0,03. Este acréscimo em cima de todas as mercadorias comercializadas pelos supermercados é para compensar três situações.

Geralmente a primeira, R$ 0,01 é para pagar a sacola plástica, o segundo R$ 0,01 é para eventuais acidentes dentro das lojas, como a quebra de qualquer produto, como um vidro de azeitonas, por exemplo, neste caso os supermercados nunca cobram dos clientes o vidro quebrado, ele considera isso como "acidente", mas o terceiro centavo, aquele R$0,01 normalmente é para compensar o arredondamento do troco.

Se o supermercado arredonda para cima, para ele, no caso, o cliente perde,  e o supermercado ganha, se for ao contrário, o supermercado também ganha, isso porque alguém já pagou aquele centavinho que as redes de supermercados contabilizam no final do mês.

Outro discurso que geralmente os gerentes das redes de supermercados tem também na ponta da língua é a de que os bancos não fornecem moedas de R$ 0,01 centavo, isso também não procede. Os bancos são obrigados a fornecerem todas as moedas correntes no país. Se qualquer uma dessas redes de Lavras, Rex, Bretas, GF ou ABC cobrar dos bancos onde elas tem contas, exigir que os bancos forneçam as moedas, já que elas são um de seus maiores clientes, dificilmente estas agências negariam, já que as moedas de R$ 0,01 é dinheiro corrente no país desde 1994, quando foi instituído o Plano Real.

Se uma dessas lojas dos quatro maiores supermercados da cidade receber 5 mil pessoas por dia circulando e o supermercado "embolsar" R$ 0,01 ou R$ 0,02 por cliente, o supermercado lucrará R$ 1,5 mil a R$ 3 mil por mês. De qualquer forma o supermercado vai lucrar, já que o arredondamento para baixo foi pago por outro cliente. 

Portanto, exigir o centavinho no caixa do supermercado não é vergonhoso, é um direito do consumidor e se for negado o cliente tem o direito de devolver toda a mercadoria, mesmo depois que ela tenha sido registrada.

A campanha "Rex, Bretas, GF e ABC, eu quero o meu troco" é legítima e de direito dos consumidores. A campanha visa encorajar os clientes a cobrarem o seu centavo, como acontece nos países desenvolvidos, como os europeus e nos Estados Unidos.

 

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