Antônio Nazareno Guimarães Mendes, reitor da Ufla e um dos articuladores do consórcio
O nascimento da maior universidade pública do Brasil teve início esta semana, depois que os reitores de instituições de ensino superior de Minas se reuniram, na terça-feira, 3, em Belo Horizonte, para discutir a criação de um consórcio envolvendo sete universidades federais em Minas: Alfenas (Unifal), Itajubá (Unifei), Juiz de Fora (UFJF), Lavras (Ufla), São João del-Rei (UFSJ), Ouro Preto (Ufop) e Viçosa (UFV). A iniciativa de fazer uma fusão, inédita no país, mas comum nos Estados Unidos e em países da Europa, como a França, promete dar origem à uma "grande universidade do Sudeste".
Os números impressionam: serão 90 mil alunos, 15,6 mil novas vagas abertas a cada vestibular, 4,1 mil professores, 273 cursos de graduação e 179 programas de mestrado e doutorado espalhados por 17 cidades mineiras.
O gigante vai desbancar instituições como a Universidade de São Paulo (USP), que oferece 233 graduações e tem 88,2 mil alunos matriculados, e a Federal de Minas Gerais (UFMG), com 50 mil estudantes e 80 cursos de bacharelado e licenciatura. Também ficam para trás a Universidade Federal Fluminense (UFF), com 47,2 mil docentes e 66 graduações abertas; a Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com 40,5 mil alunos; e a Unicamp, com 2,8 mil novas vagas abertas a cada vestibular.