Cidade acostumada a ser notícia na imprensa, desta vez ganhou a rede nacional de uma forma nada honrosa
Lavras foi destaque no SBT Brasil, jornal exibido em rede nacional na sexta-feira, dia 10, pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). A notícia desta vez não foi por causa de algum projeto desenvolvido pela Universidade Federal de Lavras (Ufla) ou a conquista de mais uma posição no ranking das melhores universidades do Brasil, nem por causa do Centro de Desenvolvimento do Potencial e Talento (Cedet), da educadora
Zenita Guenther, tampouco pela qualidade de vida dos lavrenses.
A notícia, que projetou Lavras para todo o país, desta vez não foi nada agradável, pelo contrário: é uma notícia que expõe, de forma vergonhosa, a cidade acostumada a ser destaque em assuntos que nos deixam sempre orgulhosos.
Quem projetou o nome da cidade para todo o Brasil e até para o exterior, já que aquela emissora tem sua programação exibida via satélite para todo o mundo, foi um jovem de apenas 18 anos: Fernando Torres da Silva Júnior, o "Fernandinho", que há exatamente uma semana foi preso pela Polícia Militar depois de espancar de forma cruel uma balconista de uma loja da rua Álvaro Botelho (Clique aqui para ler a notícia sobre o assalto publicada pelo Jornal de Lavras).
A matéria veiculada na televisão e que está disposta no site daquela emissora traz o seguinte texto: "Jovem de 18 anos já foi preso 220 vezes em Minas Gerais. Fernando, que acabou de completar a maioridade, chegou a impressionante marca de ter sido preso 220 vezes. Ele foi pego pela primeira vez aos 12 anos de idade, visitando as delegacias, basicamente, de 10 em 10 dias, sempre cometendo roubos e furtos para sustentar seu vício no crack. A explicação para que o jovem nunca tenha prestado contas com a justiça é que em Lavras, cidade onde ele cresceu e foi preso, não há centro de internação para menores infratores".
No dia que a PM prendeu Fernando, um grupo de pessoas de uma loja que assistiu a cena da prisão do bandido, sem saber o que e de quem se tratava, passou a hostilizar os policiais, criticando a ação.
