A residência é atração na cidade todos os anos, chama atenção pela bela decoração de natal. Abaixo, o presépio montado no jardim da casa e o casal na fachada.

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O presépio é uma das formas mais antiga de representar o Natal, o primeiro presépio montado foi o de São Francisco de Assis, na cidade italiana de Greccio, em 1223, o primeiro a usar a manjedoura com figuras esculpidas formando um presépio, tal qual o conhecemos hoje. A idéia surgiu enquanto o santo lia, numa de suas longas noites dedicadas à oração, um trecho de São Lucas que lembrava o nascimento de Cristo. Resolveu então montá-lo em tamanho natural, em uma gruta de sua cidade. O que restou desse presépio encontra-se atualmente na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

No Brasil, um dos presépios mais conhecidos está em Minas Gerais, é o Presépio do Pipiripau, criado pelo artesão Raimundo Machado Azevedo, em 1906. Este presépio pertence hoje à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desde 1976. Em 1984 o Pipiripau foi tombado pelo patrimônio histórico nacional. Ele é composto por cenas móveis que narram do nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo, com 580 figuras móveis, 45 cenas. O mecanismo de funcionamento do Presépio é ligado aos sábados e domingos para visitação pública.

Em Lavras não existe nenhum registro de presépio tão famoso assim, mas eram bem famosos em Lavras, os montados na igreja Matriz de Sant'Anna, com imagens grandes. Muita gente se lembra do presépio da dona Amélia Rodarte, na "Ruinha". Outro presépio famoso era o da dona Zina, sogra do André Nascimento, funcionário dos Correios que se tornou conhecido quando formou uma dupla com Amadeu Lopes, eles se apresentavam na Rádio Cultura do Oeste de Lavras.

Os tempos mudaram, as imagens do presépio da dona Amélia Rodarte eram de madeira, esculpida a canivete, já as imagens do presépio da dona Zina eram, na sua maioria de gesso. Os presépios, uma tradição quase milenar, também estão desaparecendo, infelizmente.

A tecnologia domina hoje até os presépios. As imagens dos presépios da dona Amélia Rodarte e da dona Zina, não existem mais, mas se existissem elas não mais chamariam a atenção, a não ser aos antiquários e colecionadores.

Em Lavras um presépio montado num jardim da rua Progresso tem chamado a atenção das pessoas. O presépio é um presente que o casal Mário Lúcio Calçado e a sua esposa, Dirce Gonçalves Calçado, presenteiam a cidade. Coronel Calçado foi comandante geral da PM no governo de Hélio Garcia e ela, Dirce Gonçalves Calçado, conhecida educadora.

Todos os anos eles montam o presépio que já se tornou, sem nenhum exagero, um ponto turístico da cidade nesta época.