A sequência mostra os danos que as águas causam ao comércio e residências da rua João Modesto toda vez que chove forte em Lavras

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Mais uma vez os lavrenses foram muito afetados pela chuva que caiu no final da tarde de hoje, quinta-feira, dia 8. Apesar do grande volume de água que caiu, o Corpo de Bombeiros não registrou nenhuma ocorrência de caso de alagamento, mas vídeos nas redes sociais mostram grandes enxurradas correndo pelas ruas e avenidas da cidade.

Na rua Francisco Salles, nas proximidades da Lojas Americanas, uma lâmina d'água se formou e ficou acima do nível do passeio, a água da chuva chegou a entrar nas lojas daquela importante via comercial de Lavras.

Na rua João Modesto, na área central da cidade, o sistema de captação e escoamento de água pluvial não funcionou e a rua inundou, o comércio foi afetado com a água da chuva invadindo as lojas (veja vídeo abaixo).

Na esquina da rua Carlota Kemper com Comendador José Esteves, apesar de ser um ponto alto, formou uma poça de água com cerca de 20 centímetros, dificultando o trânsito de veículos naquele ponto, principalmente porque o semáforo havia sido desligado com a falta de energia.

Grande parte da cidade ficou sem energia elétrica, isso porque teve queda de galhos e até de árvores na cidade, mas o mais grave foi um rompimento de um cabo de alta tensão no final da rua Comendador José Esteves, próximo à praça Dr. Jorge (veja vídeo abaixo). Felizmente ninguém se feriu e no momento da queda do cabo não passava nenhum veículo pelo local, caso contrário, seria extremamente perigoso. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) trabalhou para restabelecer a rede e energia elétrica em parte da Zona Norte da cidade.

No Fonte Verde, o Corpo de Bombeiros foi acionado para atender uma ocorrência de queda de árvore naquele bairro, outro local que também teve a interferência dos bombeiros foi na avenida Sylvio Menicucci, a Perimetral, onde também teve queda de árvore.

Esta foi a terceira chuva forte que desabou sobre Lavras entre janeiro e fevereiro e, nos três registros, ocorreram alagamentos, quedas de árvores, falta de energia, lama carreada pelas águas das chuvas, principalmente na avenida Perimetral, onde os comerciantes e moradores estão enfrentando um grande problema desde o dia 8 de janeiro, quando uma rede de água pluvial se rompeu e derrubou parte da continuação da rua Venerando Pereira.

Lavras é uma cidade que cresce muito, com muitas construções e está se verticalizando, as áreas estão sendo ocupadas e o solo cada vez mais impermeabilizado, com isso, pequena parte da água da chuva é absorvida pelo solo, a maior parte corre pelo asfalto e passeios, isso mostra que é necessário um investimento numa nova rede de captação de água pluvial, a que existe é de dimensão pequena, a maioria dos bueiros estão entupidos e as vias não tem serviço de captação de água da chuva.

Com o aquecimento global, o desequilíbrio ambiental, a tendência é que temporais aconteçam em espaço reduzidos, provocando grandes inundações, deslizamentos de terra e outros fenômenos que em muitos casos, trazem a morte, prejuízos e doenças.

Um investimento num serviço de captação de água, de escoamento dos ribeirões que cortam a mancha urbana se torna cada vez mais necessário. Que isso seja prioridade dos políticos da cidade.