O aplicativo ensina o valor do dinheiro para as crianças e adolescentes, que associado as explicações da família, que as coisas custam valores diferentes e que muitas vezes, ao fazer uma opção, é preciso desconsiderar outra, ajuda formar uma pessoa de sucesso na vida
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A educação financeira é uma disciplina que deveria ser implantada no Brasil, desde os primeiros anos de escola. A educação financeira para os finlandeses fazem parte de sua cultura. A Finlândia, assim como, a Noruega, França, Dinamarca, Luxemburgo, Suécia, Estados Unidos, Israel e Canadá são os países que mais investem em alfabetização financeira para crianças.
O Brasil infelizmente não tem, mas uma iniciativa em Lavras pode mudar essa visão: um aplicativo de educação financeira, "Cofrinho", desenvolvido por estudantes da Universidade Federal de Lavras (Ufla) tem obtido grandes resultados. O aplicativo já conta com mais de 160 mil downloads na Play Store e uma base de usuários ativos que ultrapassam 2,5 mil pessoas.
O aplicativo, disponível gratuitamente para dispositivos Android, tem como objetivo instruir crianças e jovens a respeito de práticas financeiras saudáveis, utilizando uma abordagem lúdica e um conteúdo educativo.
Victor Gustavo Cabral Rodrigues, Matheus Amâncio Ferreira e Jean Roberto Lopes Cruz, do Departamento de Ciência da Computação, com a orientação dos professores Paulo Afonso e André Grutzmann, os quais estão à frente do projeto, relataram para o site da Universidade, que os resultados obtidos até o momento são animadores. "Constatamos uma demanda crescente por nosso aplicativo. Com uma perspectiva de expansão, estamos empenhados em aprimorar o aplicativo para uma versão completa destinada a escolas e famílias, e também desenvolver uma versão compatível com iphones. Estamos entusiasmados com as perspectivas futuras e confiantes na continuidade do êxito do projeto", comenta Victor.
A jornada desse projeto teve início em 2017 no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet/MG), e posteriormente contou com o apoio fundamental da Ufla. "A colaboração de distintos docentes, oferecendo orientação nas áreas de empreendedorismo, tecnologia e educação, foi essencial para a evolução bem-sucedida do projeto. Atualmente, contamos com o suporte financeiro e investimento de um economista no Rio de Janeiro, que enxergou o potencial da nossa proposta. Além disso, estamos incubados em uma conceituada aceleradora de startups na área educacional, o Tiradentes Innovation Center em Aracaju Sergipe", explicou.
Os estudantes já tiveram a oportunidade de participar de eventos renomados que têm trazido visibilidade ao projeto. "Nossas conquistas abrangem a participação no movimento LED da Rede Globo, a inclusão no Campus Mobile do Instituto Claro, bem como a atuação na competição de startups Hack Brazil, promovida por estudantes das prestigiadas instituições MIT e Harvard", comentou Victor.
De acordo com o levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma organização econômica intergovernamental com 38 países membros, os países com maior investimento em educação são: 1° Luxemburgo; 2° Áustria; 3° Bélgica; 4° Noruega; 5° Estados Unidos; 6° Coreia do Sul; 7° Suécia; 8° Canadá; 9° França; 10° Holanda. Todos os dez são países ricos e tem a educação financeira como disciplina.