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Matéria Jornalística /


Publicada em: 17/08/2023 10:27 - Atualizada em: 17/08/2023 14:47
Pesquisa da UFLA desenvolve protocolos para a micropropagação de plantas em risco de extinção
A opção pela micropropagação facilita a rápida produção de mudas, além da criação de um banco de germoplasma in vitro das espécies ameaçadas de extinção

Foto: Ascom Ufla

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Algumas espécies de plantas endêmicas de regiões de ocorrência e captação de minério de ferro, conhecida como Campo Rupestre Ferruginoso, estão em risco de extinção. O desenvolvimento de protocolos de micropropagação para essas espécies configura uma importante área de pesquisa, especialmente porque esse ecossistema é único, frágil e abriga grande diversidade de espécies vegetais. Uma parceria entre o Laboratório de Cultivo in vitro de Espécies Florestais da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e a empresa Gerdau (Unidade de Pesquisa e Inovação em Campos Rupestres Ferruginosos) tem trazido resultados positivos nessa área.

Por meio dessa parceria, têm sido desenvolvidos protocolos de micropropagação para diversas espécies desse ecossistema, entre elas espécies forrageiras e ornamentais. Muitas delas são raras, devido a baixa frequência de indivíduos na natureza associada a uma distribuição mais restrita. A opção pela micropropagação facilita a rápida produção de mudas, além da criação de um banco de germoplasma in vitro das espécies ameaçadas de extinção.

"Esses protocolos desempenham um papel fundamental para a preservação de espécies únicas desse ecossistema, contribuindo para a preservação da biodiversidade e do meio ambiente", reforça o coordenador do projeto, o professor Gilvano Ebling Brondani, do departamento de Ciências Florestais (DCF).

Através desses protocolos é possível garantir a conservação da diversidade genética de um grande número de espécies ameaçadas, além de produzir mudas que podem ser utilizadas para a recuperação e restauração de áreas degradadas.

Até o momento já foram produzidas cerca de duas mil mudas de 14 espécies diferentes, que foram destinadas ao plantio no campo.

A micropropagação é uma técnica da cultura de tecidos para obtenção de plantas em larga escala, de maneira rápida e eficiente. Consiste em cultivar plantas em tubos de ensaio ou outros recipientes, a partir de tecidos vegetais como folhas, caules e raízes. Para isso, é necessário ambiente controlado e estéril, conhecido como sala de cultura. Nesse espaço, os tecidos são cultivados em soluções nutritivas que estimulam seu crescimento e divisão celular, permitindo produção de mudas em larga escala em um curto período de tempo, independente da estação do ano, sem a necessidade de coleta periódica de sementes. Além disso, é possível armazenar o material genético dessas plantas no laboratório, ou seja, criando um banco de germoplasma que permite a conservação dessas espécies.

Os protocolos de micropropagação são específicos para cada espécie, pois as condições ideais de cultivo variam de acordo com suas características biológicas. Os pesquisadores têm se dedicado a identificar as melhores técnicas para cada espécie estudada, de forma a evitar a sua extinção.

Na equipe da pesquisa estão estudantes de graduação, pós-graduação e até alunos do ensino médio que participam do programa de iniciação científica BIC Júnior. Eles desempenham atividades relacionadas ao cultivo in vitro dessas espécies, trabalhando desde as fases de germinação, multiplicação de células, alongamento e enraizamento, e depois continuam no processo de adaptação em ambiente controlado e no viveiro e, por fim, voltam ao campo de origem. 

 

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