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Matéria Jornalística /


Publicada em: 27/07/2023 18:50 - Atualizada em: 27/07/2023 21:15
Nepomuceno e Nazareno são cidades da região de Lavras que o Censo contou população quilombola
Nepomuceno tem 281 quilombolas e Nazareno 134 moradores quilombolas

Os quilombolas mantêm vivas as tradições de seus antepassados. Imagem ilustrativa da Agência Brasil. Foto: Tânia Rêgo

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Pela primeira vez o Censo contou o número de quilombolas no Brasil.

Os quilombolas são descendentes de africanos escravizados que se agruparam e formaram uma comunidade. A palavra quilombo tem origem no idioma quimbundo ou kimbundo, uma língua africana derivada do banto, falada principalmente pelos povos da região onde hoje se situa Angola.

No Brasil tem 1.327.802 de quilombolas, segundo dados divulgados hoje, quinta-feira, dia 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O quilombo mais famoso do Brasil é o Quilombo dos Palmares, formado no estado de Alagoas, que chegou a reunir 20 mil moradores que se tornou um símbolo da resistência dos escravos no Brasil e foi alvo de expedições organizadas por portugueses e holandeses.

Em Minas Gerais tem 135.310 quilombolas, eles estão divididos em 324 cidades. A maior comunidade quilombola de Minas Gerais são os remanescentes do Gorutuba, no Norte de Minas, porém, o quilombo mais famoso de Minas Gerais fica em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), é a comunidade dos Arturos.

No Sul de Minas, a cidade de Três Pontas é a que tem a maior população quilombola, são 449 pessoas, seguida de Três Corações, com 302 quilombolas apontados pelo Censo 2022, com dados divulgados hoje.

Nos registros históricos de Lavras tem dois fatos de destaque na história, um foi em 12 de janeiro de 1719, quando uma ordem régia criava-se os "Capitães-de-caça". Sua principal atribuição era prender os negros aquilombados. Um desses quilombos encontrava-se entre o rio das Mortes e o rio Grande, que foi formado no meado do século XVIII. O governador da capitania de Minas Gerais, Gomes Freire de Andrade, determinou a Bartolomeu Bueno do Prado a exterminar o quilombo do rio das Mortes.

Bartolomeu Bueno organizou um exército e acabou com o quilombo em 1751. Em poucos meses de luta, apresentou 3,9 mil pares de orelhas de negros e índios, como prova do desempenho de sua atividade.

Em 14 de maio de 1833, a Câmara da Vila de Lavras recebe um ofício do juiz de paz de Campo Belo, Manoel Joaquim Alvarez, solicitando ajuda da Guarda Nacional para sufocar uma rebelião de escravos em São Thomé da Serra das Letras, onde mataram o Juiz de Paz daquela Vila e membros da família de José Francisco Junqueira.

No dia seguinte, por ordem da Câmara da Vila de Lavras, foram designados 44 membros da Guarda Nacional "armados com farta munição de pólvora e chumbo grosso para combater os escravos rebelados em São Thomé da Serra das Letras". Cinco dias depois, em 20 de maio de 1833, foi divulgado o saldo do levante de São Thomé da Serra das Letras: trinta escravos presos, um morto e onze foragidos.

Lavras não têm quilombolas, mas na região, duas cidades se destacam: Nepomuceno e Nazareno. Segundo dados do Censo do IBGE, Nepomuceno tem 281 quilombolas e Nazareno 134 pessoas que se definiram como quilombolas.

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