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Só amanhã que os quase 8 mil estudantes de Lavras e todos aqueles que prestaram provas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), vão saber se a justiça acatará ou não o pedido de cancelamento das provas. O argumento de que o episódio ocorreu de forma localizada e que a reaplicação do exame aos alunos do colégio de Fortaleza não traz prejuízo à isonomia do concurso é o que poderá salvar os estudantes de todo o país.

Representantes do Ministério da Educação (MEC) reuniram-se, no início da tarde desta segunda-feira, dia 31, com o juiz Luiz Praxedes, da 1ª Vara Federal do Ceará, que irá decidir sobre o pedido cancelamento das provas do Enem. A presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Malvina Tuttmann, foi uma das participantes do encontro, em que foram apresentadas as alegações para que o exame não seja anulado. O juiz divulgará até amanhã a decisão.

O pedido para que as provas do Enem, aplicadas nos dias 22 e 23 deste mês, fossem canceladas foi feito pelo Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE), após a constatação de que alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, tiveram acesso antecipado a cerca de 14 questões que foram cobradas no exame. Os itens estavam em apostila distribuída pela escola semanas antes da aplicação do Enem e vazaram da fase de pré-testes do exame, da qual a escola participou em outubro de 2010.

Com isso, os estudantes de Lavras vão passar mais uma noite na expectativa.