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Matéria Jornalística /


Publicada em: 24/03/2022 12:54 - Atualizada em: 24/03/2022 22:34
Vigilância Sanitária emitiu nota sobre açougue clandestino encontrado pela Polícia Civil em Lavras
Vigilância Sanitária em nota nega que foi acionada para comparecer ao local

Carne encontrada pela Polícia Civil durante investigação de furto

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 @jornaldelavras     @jornaldelavras   (35) 99925.5481
 

Na semana passada, a Polícia Civil de Lavras depois de uma investigação para se chegar ao autor de furtos ocorridos na zona rural de Ibituruna, acabou encontrando um suspeito, um homem que mora no bairro Novo Horizonte. Os investigadores foram até a residência do suspeito e depois de muitos argumentos, convenceram o homem a entregar os produtos que foram furtados.

O suspeito alegou que havia adquirido de uma terceira pessoa, mas que ele desconhecia e não tinha como levar a polícia até ele porque não tinha informações sobre ele.

Quando o suspeito franqueou a entrada dos investigadores da Polícia Civil de Lavras numa garagem, onde estavam os objetos furtados, os investigadores encontraram também uma estrutura de açougue, com ganchos para pendurar carnes, balança, freezer horizontal, cordas, facas e até uma câmara fria.

No interior da câmara e do freezer, foram encontradas carnes sem procedência. As carnes poderiam ser bovina ou até mesmo equina, pois estão acontecendo abates clandestinos de gado furtado e até cavalos que tem suas carnes comercializadas em açougues suspeitos.

Diante do achado, e em obediência as leis brasileiras, onde apenas as autoridades sanitárias podem avaliar e atestar a qualidade de produtos alimentícios comercializados, os investigadores ligaram para a Vigilância Sanitária comunicando o achado e solicitando a presença de uma autoridade sanitária.

Os investigadores então ouviram do atendente, que a denúncia deveria ser comunicada a Ouvidoria Municipal e os investigadores ligaram para a Ouvidoria, conforme orientação da Vigilância Sanitária, mesmo assim, ninguém compareceu ao local, não restando alternativa aos investigadores a não ser conduzir o suspeito até a Depol juntamente com os produtos furtados, deixando as carnes onde estavam.

Quando a redação do Jornal de Lavras recebeu a informação do que havia acontecido, fizemos contato com um assessor próximo à prefeita Jussara Menicucci e solicitamos a ele que informasse a Chefe do Executivo sobre o que estava acontecendo, ele respondeu que não levaria a informação a prefeita Jussara por ser uma questão menor e que poderia ter sido resolvido sem a presença da Vigilância Sanitária no local e que a Polícia Civil tinha autoridade para apreender as carnes, o que não é verdade.

A redação do Jornal de Lavras fez contato com a Vigilância Sanitária e fomos informados que ainda não havia feito a fiscalização e apreensão e descarte das carnes, mas que os fiscais fariam isso hoje (No caso, na última segunda-feira).

No dia seguinte entramos em contato novamente com a Vigilância Sanitária para saber o que havia sido feito e qual foi o destino das carnes apreendidas. Recebemos como resposta que mais tarde seriamos informados, o que não aconteceu. Fizemos contato mais duas vezes em dois dias, sendo que no último recebemos a promessa de que o chefe da Vigilância Sanitária nos retornaria à tarde, o que também não aconteceu.

Diante das dificuldades encontradas em obter informações, procuramos a assessoria de imprensa da Prefeitura de Lavras e explicamos a situação e fizemos os seguintes questionamentos: a Vigilância Sanitária confirma que a Polícia Civil fez contato? Quando foi notificada pela Polícia Civil? Quando a Vigilância tomou as providências cabíveis? Qual foi o destino das carnes apreendidas, se elas foram apreendidas, claro? Qual a providência que será tomada, visto que essa situação coloca em risco a saúde das pessoas?

A assessoria de imprensa nos respondeu prontamente no dia seguinte, porém, não respondeu os questionamentos e emitiu uma nota de esclarecimento da Vigilância Sanitária.

Segundo a nota da Vigilância Sanitária:

1) os fiscais sanitários estiveram na residência, mas não foram autorizados a entrar no local. 2) Ao contrário do que foi publicado em redes sociais, o órgão não foi informado oficialmente da operação, apenas foi realizado um contato para formalização de uma denúncia via Ouvidoria Municipal. 3) A Vigilância em Saúde afirma que não foi acionada para participar da ação conjunta. 4) A Vigilância Sanitária segue acompanhando o caso.

Primeiro deve-se esclarecer o seguinte: a Vigilância Sanitária não foi acionada pela Polícia Civil para participar de uma operação conjunta porque não era uma operação de combate ao crime contra a saúde pública, era uma ação para prender uma pessoa acusada de furto, e quando os investigadores foram surpreendidos com o achado e diante disso, fizeram contato com o órgão responsável. Se os fiscais estiveram no local, por que não informaram a data de quando isso aconteceu? No caso da negativa de que o órgão não foi informado oficialmente é uma acusação perigosa, tentar desmentir a Polícia Civil. O contato foi feito e o atendente orientou aos investigadores fazer uma denúncia via Ouvidoria, o que foi feito.

Por se tratar de saúde pública, o Jornal de Lavras fez vários questionamentos e em nenhum deles obteve resposta. Por se tratar de saúde pública e pela resistência da fiscalização em não comparecer ao local sendo acionada pela Polícia Civil, a redação fez contato com um assessor próximo para tentar resolver a questão e evitar este desgaste desnecessário para o Executivo e principalmente por se tratar de um assunto que envolve a saúde pública. A nota da Vigilância Sanitária não expressa a realidade e sim tenta mascarar uma omissão.

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