Delegado regional Cléber Pervidor, responsável pelas investigações do crime de estupro da criança de 5 anos. Foto: Jornal de Lavras

O delegado regional Cleber Pervidor, da 1ª Delegacia Regional (Depol), do 6º Departamento de Polícia Civil, com sede em Lavras, informou que a criança de 5 anos que foi abusada sexualmente em Lavras e que os pais haviam atribuído o crime a escola onde ela estudava, não procede.

Segundo o delegado Cleber Pervidor, a criança não foi abusada na escola Centro Educacional Escola Caminho Perfeito, como atribuiu, principalmente a mãe da garota, na época do crime, dia 13 de julho.

O delegado concluiu as investigações no que tange o envolvimento do estabelecimento e inocentou a escola. Para ele, se ocorreu o abuso não foi na escola Caminho Perfeito, mas o delegado afirmou que as investigações vão continuar para descobrir quem cometeu o crime e o local.

A assessoria jurídica do Centro Educacional Caminho Perfeito manifestou, em nota para a imprensa, distribuída no dia 21 de julho, quando veio a público esclarecer a denúncia, que eles atribuíram como infundada, de fato criminoso, feita pela mãe da garota que havia afirmado que o fato ocorreu nas dependências daquele estabelecimento educacional.

A nota também agradecia as manifestações de apoio e solidariedade da população e ainda afirmava acreditar nas apurações. A nota também afirmava que a direção da escola confiava nas autoridades e que a verdade viria à tona em breve.

Leia as notícias publicadas pelo Jornal de Lavras sobre o caso:

Denúncia de estupro de criança numa escola particular em Lavras

Publicada em: 14/07/2011

Criança de 5 anos foi estuprada e os pais afirmam que foi numa escola particular em Lavras, a Polícia Civil abriu uma linha de investigação.

Uma criança de 5 anos pode ter sido abusada sexualmente em uma escola particular em Lavras, a denúncia é da mãe da menina, que procurou a polícia na noite desta quarta-feira, dia 13. Ela contou aos policiais que a menina já estava apresentando um comportamento estranho há cerca de um mês, segundo ela, a menina colocava panos por dentro da blusa para simular seios. A criança passava as mãos nas partes intimas dos pais.

O comportamento estranho da menina, que tem deficiência auditiva, chamou a atenção da mãe, que passou a observar com mais atenção. Ontem, quando a garota voltou da escola onde estuda das 13h às 17h20, percebeu que ela tinha dificuldades para caminhar e apresentava sangramento vaginal.

A escola onde a menina estuda tem crianças de até 12 anos, além de funcionários. A mãe desesperada procurou a polícia acompanhada de seu marido, como a Polícia Civil está trabalhando em regime especial, devido a ameaça de greve, a delegacia que estava de plantão na quarta-feira era a de Campo Belo.

A garota e seus pais foram levados para aquela cidade, onde foi registrado o boletim de ocorrência. A Polícia Civil de Campo Belo solicitou um exame de corpo de delito, que foi feito na Santa Casa daquela cidade. O médico legista de plantão constatou o fato.

Que ocorreu o estupro não há dúvidas, mas afirmar que foi na escola seria prematuro. Há 17 anos, em março de 1994, a imprensa publicou uma série reportagens sobre seis pessoas que estariam envolvidas no abuso sexual de crianças, todas alunas da Escola Base, na capital paulista. Os seis acusados eram os donos da escola e seus empregados.

No caso da Escola de Base, segundo as denúncias apresentadas pelos pais, o perueiro da escola, levava as crianças, no período de aula, para a casa dos proprietários da escola, onde os abusos eram cometidos e filmados. O delegado Edelcio Lemos, sem verificar a veracidade das denúncias e com base em laudos preliminares, divulgou as informações à imprensa. A divulgação revoltou a população, que saqueou e depredou a escola. Os donos da escola chegaram a ser presos. No entanto, o inquérito policial foi arquivado por falta de provas. Não havia qualquer indício de que a denúncia tivesse fundamento. Com o arquivamento do inquérito, os donos e funcionários da escola acusados de abusos deram início à batalha jurídica por indenizações. Além da empresa 'Folha da Manhã', outros órgãos de imprensa também foram condenados, além do governo do estado de São Paulo. Outros processos de indenização ainda devem ser julgados.

Escola denunciada pelos pais da garota que sofreu abuso se manifesta

Publicada em: 21/07/2011

Escola que foi denunciada pelos pais da garota de 5 anos que supostamente sofreu abuso sexual se manifesta através de nota para a imprensa

Uma notícia divulgada na semana passada sobre o abuso sexual de uma criança de 5 anos supostamente numa escola particular da cidade causou grande comoção e revolta aos lavrenses. A denúncia foi da mãe da garota que suspeitou que o abuso tivesse sido cometido na escola onde a menina estudava. A notícia foi amplamente divulgada por órgãos de imprensa de quase todo o Estado, inclusive a grande imprensa, na capital mineira.

Apesar da omissão do nome da escola por alguns órgãos de comunicação, não foi possível que a polícia mantivesse o nome do estabelecimento de ensino resguardado até a conclusão das apurações do caso.

Agora a direção da escola resolveu divulgar uma nota para a imprensa, nela, o Centro Educacional "Caminho Perfeito", agradeceu a solidariedade recebida das professoras, funcionárias e pais de alunos. A nota ainda afirma que a denúncia - de suposto abuso ter sido praticado nas dependências da escola - é infundada. Para a direção da escola "a denúncia, realizada e repassada precipitadamente contra este educandário, configura-se como juízo temerário. Cabe às autoridades competentes constituídas a investigação, nas quais confiamos e para as quais estamos dando todo apoio em busca da verdade".

A nota afirma ainda que a escola passa por momento difícil e delicado e ainda se solidariza com a criança, seus familiares e amigos. A nota esclarece também: "destacamos ainda que somos uma associação civil, sem fins lucrativos, constituída há mais de dez anos, que se pauta pelo bem comum e os princípios basilares da família. Agradecemos as inúmeras manifestações de apoio e carinho, especialmente dos que conhecem o nosso trabalho, o comprometimento de professoras, funcionárias e pais, em uma educação de qualidade, com princípios cristãos".

A direção disse que confia nas autoridades e no trabalho de apuração e elucidação dos fatos, na certeza de total isenção do Centro Educacional "Caminho Perfeito". Segue abaixo a nota da escola.

NOTA A IMPRENSA

O Centro Educacional Caminho Perfeito (CECP), através de associados, sua direção, professoras, funcionárias e pais de alunos que se manifestaram solidários, vem a público esclarecer, com respeito a denúncia infundada de fato criminoso ignóbil hipoteticamente ocorrido nas dependências desta escola, que repugnamos veementemente qualquer forma de abuso ou violação aos direitos humanos, inclusive e principalmente de crianças, e que tal denúncia, realizada e repassada precipitadamente contra este educandário, configura-se como juízo temerário. Cabe às autoridades competentes constituídas a investigação, nas quais confiamos e para as quais estamos dando todo apoio em busca da verdade.

No mais, nesse momento difícil e delicado, nos solidarizamos com a criança, seus familiares e amigos. Destacamos ainda que somos uma associação civil, sem fins lucrativos, constituída há mais de dez anos, que se pauta pelo bem comum e os princípios basilares da família. Agradecemos as inúmeras manifestações de apoio e carinho, especialmente dos que conhecem o nosso trabalho, o comprometimento de professoras, funcionárias e pais, em uma educação de qualidade, com princípios cristãos.

Por fim, estamos confiantes nas autoridades constituídas, na estrita legalidade de apuração e elucidação dos fatos, na certeza de total isenção do Centro Educacional.

Lavras, 21 de julho de 2011

CECP – CENTRO EDUCACIONAL CAMINHO PERFEITO