Ao fundo, o estelionatário Ademir Akira Kasaka, quando já estava preso pelos policiais militares. Foto: Jornal de Lavras. No detalhe, Estelionatário preso em Varginha. Abaixo, Carteiras de identidades, certidões, cartões de credito e agenda com anotações importantes para a polícia. Foto: Jornal de Lavras
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Uma quadrilha de estelionato que estava agindo no Sul de Minas foi desmantelada na tarde de ontem, segunda-feira, dia 15, pela Polícia Militar em Lavras e na cidade de Varginha. Tudo começou quando uma funcionária no Posto de Atendimento UAI acionou o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), alegando que um homem se identificou como sendo 
Márcio Maeda e pretendia tirar uma carteira de identidade, apresentando uma certidão de nascimento; acontece que, ao ser feita a verificação dos dados, constatou-se que a certidão pertencia a outra pessoa.
A Polícia Militar chegou e questionou o cidadão, que a princípio insistiu na autenticidade do documento, porém, depois que percebeu que havia caído diversas vezes em contradição, acabou confessando que havia adquirido a certidão na cidade de São Paulo, pagando por ela R$ 350. O homem acabou se identificando como sendo Ademir Akira Kasaka, de 45 anos, natural de Marília (SP).
Ele foi submetido a uma busca pessoal e com ele foram encontradas duas carteiras de identidades com nomes diferentes, porém, com fotografias suas. Uma das carteiras foi tirada em Lavras, com o nome de Gustavo Bertoli. Ademir confessou também que estava acompanhado de um menor e que tinha outros parceiros residentes na cidade de Varginha.
Para a reportagem do Jornal de Lavras, Ademir disse que era a primeira vez que tentava aplicar o golpe, porém, deixou escapar que vivia com dinheiro que conseguia através de empréstimos realizados em agências bancárias em nome de terceiros. Com os documentos falsos, ele e seus comparsas abriam contas nos bancos e depois desapareciam, deixando o problema para as vítimas.
Ademir narrou para a polícia que, em Lavras, não existe o sistema de identificação papiloscópica, através das impressões digitais, por isso, é mais fácil falsificar documentos usando identificações terceiros. Ele também contou aos policiais militares que um de seus comparsas, Marco Aurélio Bastos, havia tentado tirar uma identidade no UAI de Lavras em nome de Wanderson Geraldo Baldassin Glatz, porém, ao ser indagado sobre sua filiação, ele se mostrou nervoso e deixou o local, desaparecendo em seguida.
A PM saiu ao encalço dos dois comparsas de Ademir, o menor e Marco Aurélio. O menor foi preso em seguida e Marco Aurélio havia embarcado para a cidade de Varginha. O Copom de Lavras fez contato com o Copom daquela cidade e repassou todas as informações. Mais tarde, Marco Aurélio foi preso no Hotel Zanata, com ele os militares daquela cidade encontraram diversos documentos em nome de terceiros. Ao verificar o prontuário de Marco Aurélio, a PM tomou conhecimento que ele tinha passagens por estelionato, estupro e uso de documentos falsos.
Os policiais militares apreenderam ainda com Marco Aurélio, que é natural de Porto Alegre (RS), três celulares, 21 chips de diversas operadoras, cinco fotografias dele para ser usadas em documentos, um tubo de cola em bastão, estilete, quatro carteiras de identidades com nomes diversos, três carteiras de motoristas, três títulos de eleitores, uma de identidade estrangeira, 17 cartões de bancos diversos, dois cartões cidadão e nove certidões de nascimento, todos os documentos em nome de terceiros e que seriam usados para aplicar golpes no comércio e nos estabelecimentos bancários.
