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Publicada em: 26/03/2021 14:30 - Atualizada em: 26/03/2021 16:29
Ufla divulga nota sobre a polêmica criada em torno do Hospital de Campanha
Denúncia de desmonte do Hospital de Campanha gera muita discussão e levanta dúvidas

Hospital de Campanha foi montado no subsolo da UPA. A facilidade de acesso a régua de oxigênio, energia elétrica e ar comprimido pesaram na escolha do local

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 @jornaldelavras     @jornaldelavras   (35) 99925.5481

Na semana passada, o vereador Lauro Mesquita gravou um vídeo dentro do Hospital de Campanha desmentindo as informações oficiais da Prefeitura divulgadas pela imprensa depois que foi noticiado que não tinha mais leitos para Covid em Lavras, o vereador foi até o hospital, gravou um vídeo e afirmou que havia vagas sim, que o Hospital estava vazio e tinha leitos de UTI e leitos clínicos.

A imprensa constatou que havia sim leitos no HC, mas que não existia UTI Covid naquele lugar. Mas o que mais chamou atenção, foi quando a imprensa descobriu que o hospital havia sido desmontado parcialmente.

A prefeitura se manifestou e também desmentiu o vereador, porém, atribuiu o desmonte do hospital à administração passada, em setembro de 2020 e distribuiu uma nota para a grande imprensa, além de publicá-la em sua página nas redes sociais.

O que chamou a atenção foi a demora da prefeitura em denunciar isso, deixando alguns questionamentos:  a Comissão de Transição recebeu o governo desconhecendo este fato? O secretário Hermógenes Vanelli demorou três meses de governo para saber disso? Por que no dia 5 de março ocorreu uma redução de leitos no Hospital de Campanha, uma redução de 26 para 8 leitos depois de uma deliberação da Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde do Estado de Minas Gerais, motivada inclusive, por um ofício do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde-COSEMS/MG, cujo vice-presidente é o atual Secretário de Saúde de Lavras, Hermógenes Vanelli? Será que ele solicitou a redução sem saber que o hospital já havia reduzido?

 

Confira abaixo a nota deste mês de março da Prefeitura de Lavras publicado em suas redes sociais e divulgado na imprensa da capital mineira:

O Governo de Lavras informa que foi iniciado um procedimento interno de apuração relacionado ao Hospital de Campanha, implantado na Unidade de Pronto Atendimento, no ano de 2020.

Conforme previamente apurado, foi instalada uma estrutura com tendas de lona, alugadas, na área de estacionamento da UPA, no valor de R$ 315.115,79. A estrutura externa foi desmontada no início do segundo semestre de 2020, em plena pandemia, e os boxes, camas e demais equipamentos foram colocados na área do estacionamento coberto, onde estavam alguns leitos, com várias goteiras.

No mesmo ano de 2020 foram usados os consultórios do Ambulatório Médico Especializado, onde foi montado um novo hospital de Campanha com 08 leitos, sendo que estavam cadastrados 26 leitos Covid, naquela época.

Existia um convênio com a Universidade Federal de Lavras para funcionamento do hospital, que finalizou no dia 31/12/2020, data limite para prorrogação, que não foi feita pela gestão anterior.

Em janeiro de 2021, o Governo de Lavras iniciou as tratativas para viabilização de um plano de contingenciamento para possível aumento dos casos de Covid-19, no município e deparou com o desmonte do Hospital de Campanha, motivo que determinou a abertura do processo interno de apuração. Governo de Lavras - Gestão 2021/2024"

 

A Universidade Federal de Lavras (Ufla), parceira do município no hospital de campanha, foi envolvida nesta polêmica, diante disso, publicou uma nota sobre o assunto, veja abaixo:

 

"Diante de informações parciais e equivocadas que estão em circulação a respeito da parceria entre a Universidade Federal de Lavras (Ufla) e a prefeitura do município para funcionamento de Hospital de Campanha, a Instituição esclarece:

A Ufla obteve, em 30 de abril de 2020, aprovação, pelo Ministério da Educação, de um Termo de Execução Descentralizada (TED) para desenvolvimento de ações de enfrentamento à Covid-19, com o objetivo de auxiliar os órgãos de saúde pública da região de Lavras. Os recursos recebidos a partir desse instrumento, que se encontra vigente até 30 de junho de 2021, foram de quase R$ 5,5 milhões (R$ 5.499.867,46). Esse valor, conforme projeto apresentado ao Ministério, foi distribuído entre diferentes subprojetos estratégicos propostos pela Ufla. A instituição já prestou contas parciais ao Ministério da Educação sobre a utilização dos recursos do TED.

Um dos subprojetos foi a estruturação de um laboratório para realização de testes moleculares para diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus (LabCovid), inaugurado em outubro de 2020. O Laboratório serve ao município e ao Estado, tendo sido credenciado à rede da Fundação Ezequiel Dias (Funed). Já realizou quase 4 mil testes, inclusive com campanhas constantes na cidade para identificação de casos positivos assintomáticos. Para a compra de equipamentos e estruturação do Labcovid foram utilizados cerca de 3 milhões de reais dos recursos do TED.

Outro subprojeto abarcou as ações feitas conjuntamente por departamentos de Engenharia (ABI), Saúde (DSA), Ciências Exatas (DEX) e Física (DFI), como a produção de máscaras e o desenvolvimento de equipamentos e protótipos voltados para a solução de demandas médicas relacionadas à pandemia. Foi desenvolvida a tecnologia de um sistema de enclausuramento e transporte para pacientes com Covid-19, capaz de reduzir as possibilidades de contaminação de pessoas presentes durante o deslocamento do paciente. Os recursos destinados para esse fim foram da ordem de R$ 900 mil.

Outro subprojeto previsto foi a estruturação de um hospital de campanha, que tinha a previsão de ser operacionalizado em parceria com o poder público municipal. Para essa ação foram destinados 1,6 milhão de reais, revertidos para a compra de equipamentos que, após o fim da pandemia, integrarão o patrimônio do Hospital Universitário da Ufla. Ao todo, foram 31 tipos de equipamentos adquiridos, como macas hospitalares, aspiradores cirúrgicos, eletrocardiógrafos, vídeo laringoscópio, bombas de infusão, equipamentos de proteção individual (EPIs) e outros, além de itens de consumo para procedimentos de saúde. Como o funcionamento do hospital de campanha exige enfermagem e corpo clínico especializados e trabalhando em regime de plantão, o que a Universidade não possui, nem teria as condições administrativas para contratar em curto espaço de tempo, a opção foi pela união de esforços com a prefeitura do município, de maneira a potencializar o atendimento à população no Hospital de Campanha estruturado em área anexa à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Foi então celebrado um Acordo de Cooperação entre Ufla e Prefeitura pelo qual a Universidade colocou os equipamentos à disposição do município e disponibilizou apoio técnico para funcionamento do Hospital de Campanha. Conforme o Plano de Trabalho do acordo, um grupo de apoio e suporte técnico composto por docentes e técnicos administrativos da UFLA foi criado a partir da comissão instituída pela Portaria nº 831 de 2 de julho de 2020. A Portaria do Reitor determinou que a Comissão perdurasse como supervisora e fiscalizadora, por parte da Ufla, das ações relacionadas ao funcionamento do Hospital de Campanha, até o momento da desativação deste, considerando a evolução do quadro epidemiológico da Covid-19 no município de Lavras-MG.

O acordo foi assinado em agosto de 2020, com vigência até 31/12/2020, período no qual as atividades pactuadas foram desenvolvidas conjuntamente, ficando a prefeitura responsável pela gestão da unidade de atendimento, que passou a atender os sintomáticos respiratórios e também contactantes, e a Ufla prestou apoio técnico e disponibilizou equipamentos e materiais de consumo relativos a EPIs. Nesse período, segundo dados repassados à Ufla pela equipe da prefeitura, mais de 4 mil pacientes foram atendidos nas instalações do Hospital de Campanha. Após finalização do contrato e início de uma nova gestão no município, foi necessário tramitar um novo acordo para continuidade da parceria. Esse instrumento jurídico está em fase final para assinatura e terá vigência de 12 meses.

Portanto, no período de janeiro a março, em que não havia acordo vigente, a Ufla não teve participação nas atividades do Hospital de Campanha. Ainda assim, tem colaborado com o município em diferentes frentes no enfrentamento à pandemia, tendo cedido equipamentos, incluindo oito respiradores, a pedido do município, para ajudar no atendimento dos pacientes da cidade, sem os quais não haveria condições de manutenção da estrutura de atendimento hoje disponível.

Como está em processo final a documentação do novo acordo, a Universidade espera que em breve possa intensificar a sua contribuição à saúde pública da cidade, com o apoio ao Hospital de Campanha".

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