Ao fundo, o momento em que a enxurrada arrasta o garoto para debaixo do carro branco estacionado do outro lado da rua. Imagem extraída da câmera de monitoramento de um posto na Pampulha
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As autoridades mineiras estão preocupadas com o período chuvoso no Estado, pois em apenas 4 dias já provocou mortes e destruição. Segundo o balanço da Defesa Civil de Minas Gerais, seis pessoas já morreram, outras cinco se feriram, 115 ficaram desabrigadas e 580 desalojadas somente neste último período chuvoso, que inclui o último trimestre de 2020 e se encerra em 31 de março deste ano.
Dessas mortes, dois óbitos ocorridos em cachoeiras no sábado, ainda não fazem parte da lista da Defesa Civil. Com esses, o total chega a cinco somente entre o dia 1º e ontem e sete no período chuvoso.
No ano passado, 74 pessoas perderam a vida e mais de 12 mil ficaram desabrigadas até o fechamento da temporada chuvosa, os números exigem atenção redobrada, já que o mês de janeiro está no início. No período chuvoso de 2019/2020, foram 256 municípios que decretaram situação de emergência ou calamidade pública em Minas Gerais.
A Defesa Civil reforça alerta em 2021 para que os efeitos das chuvas não sejam tão devastadores. Durante o período, a corporação recomenda evitar áreas de inundação e não trafegar em áreas sujeitas a alagamentos, não se abrigar nem estacionar veículos debaixo de árvores, não se aproximar de cabos elétricos rompidos e não usar equipamentos elétricos em caso de raios. Além disso, banhistas precisam redobrar os cuidados no caso de transbordamentos de rios e cachoeiras.
A última morte provocada pela chuva em Minas Gerais, foi na noite de sábado, em Belo Horizonte, quando um adolescente de 13 anos foi arrastado por uma enxurrada, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. O garoto andava de bicicleta quando foi empurrado para baixo de um carro estacionado na rua Líbero Badaró, esquina com a rua Conselheiro Galvão. O garoto sofreu parada cardiorrespiratória e chegou a ser socorrido até o Hospital Risoleta Neves, mas não resistiu e foi a óbito.
Outro grande desastre decorrente das chuvas este ano foi em Capitólio, no Sul de Minas, onde menos três pessoas morreram e outras 16 pessoas foram arrastadas durante o fenômeno conhecido como cabeça d'água - aumento rápido no nível de um curso d'água por causa das chuvas -, que atingiu o rio Capivara, localizado no Eco Parque de Capitólio. Morreram duas mulheres, ambas moradoras de Oliveira, no Centro-Oeste do estado. Os bombeiros ainda buscavam ontem o corpo de outro jovem, aparentemente de 20 anos, identificado como Jardyan Resende, também de Oliveira, que desapareceu durante a chuva.