Cartaz de divulgaçãon do festival
O delegado Lucas Romão ouviu ontem, segunda-feira, dia 27, os dois estudantes promotores do evento mais polêmico da cidade: o Festival "Roda Viva", que foi realizado pela metade e lesou um grande número de pessoas em Lavras, entre público, empresários e artistas.
Eles foram convocados para depor na 1ª Delegacia Regional de Policia (Depol), do 6º Departamento de Polícia Civil, em Lavras, na terça-feira, dia 21; os dois não compareceram e, segundo delegado regional Cleber Pevidor, se eles não comparecessem seriam expedidos mandados de prisão para os dois.
Naquele dia, os rapazes não apareceram, mas estiveram na Depol em Lavras o pai de um deles e o advogado do outro. Eles alegaram que os dois estavam no Paraná para fazer prova de transferência de curso numa faculdade daquele estado. Segundo os representantes dos dois, eles estão sem coragem de voltar para Lavras.
Foi solicitada uma nova data para que eles se apresentassem para depor, o que foi concedido. A nova dava foi marcada para ontem, segunda-feira, dia 27. Um deles, que já adiantou R$ 5 mil para pagar parte das despesas e ainda devolveu um computador que eles haviam levado quando fugiram da cidade, compareceu para depor na parte da manhã.
Ele ficou trancado na sala do delegado Lucas Romão das 9h às 11h depondo; ele disse que o mentor do festival foi o outro estudante, e disse que ele alegava sempre que, se algo desse errado, a família teria dinheiro para cobrir.
À tarde, às 17h30, o delegado Lucas Romão foi até a sala do delegado regional Cleber Pevidor comunicar a ele que estava expedindo o mandando de prisão contra o outro estudante, que até àquela hora não havia comparecido para depor. O delegado Romão alegou que por duas vezes ele não compareceu e desta vez sequer havia justificado a ausência.
Quando o delegado Lucas Romão já se preparava para deixar a Depol, o outro estudante chegou para depor; ele justificou o atraso, pediu desculpas e foi interrogado. Ele disse que planejava fazer uma série de eventos em Lavras, que o festival seria o primeiro, disse também que eles não tiveram a intenção de prejudicar ninguém, que o que aconteceu foi um insucesso comercial.
Ele contou ao delegado Lucas Romão que a previsão era vender 3,5 mil ingressos para cada dia de evento, mas no primeiro dia, foi vendido apenas 1,5 mil e para sábado, menos que isso. Ele contou que a empresa contratada para a sonorização e iluminação havia recebido a metade do valor do contrato de R$ 14 mil e que eles queriam receber tudo na sexta-feira. Como isso não foi possível, o som e iluminação foram retirados.
Gustavo contou que eles tiveram medo do que poderia acontecer e então fugiram, porém, sem levar nenhum valor, já que todo o dinheiro arrecadado foi entregue como parte do pagamento a alguns prestadores de serviço.
O delegado Cleber Pevidor disse à reportagem do Jornal de Lavras que acredita que eles não tiveram a intenção clara de lesar as pessoas; para ele, o que aconteceu foi uma iniciativa de ganhar dinheiro, o que não deu certo.
Agora a Polícia Civil vai concluir o processo e ele poderá ser arquivado ou não, porém, os prejuízos causados a terceiros terão que ser ressarcidos; para isso, as partes deverão se entender. Os dois rapazes já pagaram parte dos fornecedores, sobretudo os contratos de menor valor, segundo o Delegado.
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