General Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde que está omitindo informações sobre mortes e infectados do novo coronavírus. Foto: Sagres 730

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O mundo se surpreendeu com a informação do modelo usado pela Casa Branca para monitorar números sobre o coronavírus, que hoje atualizou mais uma vez como piora no cenário no Brasil, que agora projeta mais 165 mil mortes no Brasil, com uma média diária de 5 mil óbitos, até agosto.
O Brasil hoje foi surpreendido com a decisão do governo de omitir números da Covid-19, a decisão teve repercussão internacional. O site da Universidade Johns Hopkins chegou a retirar o Brasil de sua contagem, que serve de base para todo o mundo, mais tarde, à noite, o Brasil voltou para a plataforma, porém, com dados defasados. Políticos, instituições que representam a saúde, universidades e autoridades internacionais repudiaram a medida. O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta chamou de "tragédia" e de "pior dos mundos" a alteração do governo federal da forma de divulgação dos dados da pandemia do novo coronavírus. O ministro Gilmar Mendes usou o Twitter na noite deste sábado, dia 6, para criticar o governo federal. De acordo com o magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF), a "manipulação de estatísticas é manobra de regimes totalitários". Vários técnicos do Ministério da Saúde, servidores de carreira, disseram que o presidente Jair Bolsonaro "surtou de vez" diante dos números cada vez mais dramáticos do coronavírus no Brasil. O país já contabiliza mais de 35 mil mortos. A informação é do colunista Vicente Nunes, do Correio Braziliense. Segundo ele, 'para esses técnicos, a decisão do presidente de "maquiar" os dados da doença, inclusive com a recontagem dos mortos, que ele acredita ser em número menor do que o divulgado oficialmente, só explicita o tamanho do descaso do governo em relação à pandemia do novo coronavírus". Vicente escreveu ainda: "Ele não só conseguiu adiar o horário da divulgação dos dados, que passou para as 22h, como mandou tirar informações relevantes do boletim para dificultar o trabalho da imprensa". Com dados omitidos, Brasil registra total de 35.930 mortes por Covid-19, em 24 horas, segundo informações do Ministério da Saúde, foram 904 óbitos e mais 27.075 mil casos novos da doença, o Brasil tem agora, segundo informações do Ministério da Saúde, 672.846 contaminados. Ontem o presidente Jair Bolsonaro foi questionado por jornalistas sobre os atrasos na divulgação de dados sobre a pandemia do novo coronavírus. Sem que ninguém fizesse qualquer menção a nenhum órgão de imprensa específico, o presidente disse: "Acabou matéria do Jornal Nacional". Depois Bolsonaro chamou a TV Globo de "TV funerária".
Minas Gerais registrou nas últimas 24 horas mais 24 mortes por coronavírus, totalizando agora 368 óbitos, segundo divulgação do boletim epidemiológico publicado e divulgado na manhã de hoje, sábado, dia 6, na plataforma da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Ainda de acordo com o boletim, nesse período foram registrados 944 novos casos da COVID-19, aumentando para 14.939 o número total da doença. O número de casos que estão em acompanhamento em Minas Gerais são 8.070, um acréscimo de 367 nas últimas 24 horas. Já os pacientes recuperados no Estado já são 6.501, um aumento de 553 neste período. Já entre os óbitos confirmados pela Covid-19 no Estado, 53% são homens e 47% são mulheres. A taxa de letalidade é de 2.5%. A média de idade dos mortos pela doença é de 68 anos, sendo que 73% apresentavam 60 anos ou mais. 86% dos óbitos apresentavam alguma comorbidade, sendo que as mais comuns são hipertensão, doenças cardiovasculares e diabetes. Em Minas, 2.161 casos confirmados de coronavírus precisaram de internação, enquanto 7.674 fizeram isolamento domiciliar. Em 2020, o número de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave está 666% maior que o mesmo período de 2019.
No Sul de Minas foi confirmado hoje, sábado, dia 6, pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), no boletim epidemiológico divulgado na manhã de hoje, a segunda morte por coronavírus em Itajubá. Além do óbito, o boletim trouxe 40 novos casos da doença em 19 cidades do Sul de Minas. Com as novas confirmações, a região tem agora 1.351 casos confirmados, com 42 mortes. A morte que entrou no boletim estadual em Itajubá é de uma mulher de 63 anos, que morreu no dia 3 de junho e já tinha comorbidades. Em relação aos novos casos confirmados, entraram registros 8 casos em Pouso Alegre, 5 em Três Corações, 3 em Itajubá, 3 em Varginha, Camanducaia, Cambuí, Jacutinga, Passa Quatro, Poços de Caldas e São Lourenço, 2 casos cada, Botelhos, Campo Belo, Conceição dos Ouros, Estiva, Itamonte, Itapeva, Lavras e Toledo, 1 caso cada, além de Monte Santo de Minas, que teve seu primeiro caso de Covid-19 confirmado. Com as novas confirmações, na lista oficial da SES Pouso Alegre segue liderando a lista de casos da região com 135 registros, sendo quatro mortes. Extrema, que ontem divulgou mais 43 novos casos, que ainda não foram publicados no boletim da SES, aparece em seguida com 115, sendo três mortes. Poços de Caldas tem 85 casos, com três mortes, Varginha tem 85, com quatro mortes, e Três Corações também tem 85 casos, sendo três mortes. Os números divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde são diferentes dos divulgados pelas prefeituras, isso porque existe um atraso na contabilização junto ao estado.
Lavras ontem confirmou seu 24º caso de Covid-19, foi um homem de 63 anos, portador de doença crônica, sem histórico de viagem, ele está em isolamento hospitalar. Também ontem foi realizada a coleta de amostras biológicas em um homem de 52 anos, portador de doença crônica e com histórico de contato com familiar de área de risco, ele está em isolamento hospitalar. Além dos 24 casos confirmados, Lavras tem 2 óbitos, 13 recuperados da doença, 9 em isolamento, 2 aguardando resultados de exames, 25 casos descartados, 347 pessoas com síndrome gripal, dessas, 279 estão recuperadas e 68 em isolamento. Os números de Lavras não tiveram alteração neste sábado.