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Publicada em: 20/02/2020 10:25 - Atualizada em: 20/02/2020 19:14
Pesquisas da Ufla buscam identificar e testar inimigos naturais para conter pragas em diversas culturas agrícolas
A preocupação ambiental é um fator determinante para a escolha deste método

Professora Brígida Souza (DEN/UFLA)

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Uma realidade já em prática na agricultura é o controle biológico. A utilização de insetos, bactérias, fungos, vírus e outros organismos para regular pragas em culturas tem sido uma forma sustentável para diversas lavouras. A preocupação ambiental relacionada ao elevado uso de produtos químicos é um fator determinante para a escolha desse método, mas é importante utilizar o meio adequado para cada cultivo. Por essa razão, pesquisas do Departamento de Entomologia (DEN) da ufla (Universidade Federal de Lavras) buscam identificar espécies de inimigos naturais que possuem aptidão para serem utilizados contra as pragas no campo.

Trabalhando há mais de 20 anos com o controle biológico,  a  professora  Brígida  Souza (DEN/Ufla) explica que o controle biológico é algo que já ocorre na natureza. "O que fazemos é selecionar e testar os inimigos naturais com potencial para o controle de pragas presentes nas lavouras, seja por meio da sua produção em larga escala em laboratório para posterior liberação no campo, ou pela oferta de condições para que esses organismos liberados se multipliquem naturalmente. O uso de plantas alternativas na lavoura as quais forneçam abrigo e alimento aos agentes de controle biológico, como néctar e polen, podem manter os insetos liberados caso faltem as pragas ou quando  estejam em uma fase do desenvolvimento em que não se alimenta das pragas, por exemplo."

Entre os projetos conduzidos pela pesquisadora está a utilização de crisopídeos, pequenos insetos de cor verde. " Na fase larval, eles são predadores de muitas espécies de pragas, como pulgões, tripes, cochonilhas, moscas-brancas, ácaros entre outros; já adultos, eles consomem néctar e pólen de plantas." A fácil criação em laboratório e a alta capacidade predatória das larvas fizeram com que os crisópideos se tornassem temas de diversas pesquisas pelo mundo todo. "Eles são insetos generalistas, ou seja, alimentam-se de uma grande diversidade de presas. Aqui na Ufla testamos as espécies Chrysoperla externa e Ceraeochrysa cubana para controle biológico de pragas em cultivos florestais, agrícolas e em plantas ornamentais, como as roseiras, por exemplo", diz Brígida.

Outro inseto pesquisado pela professora é o Orius insidiosus, um percevejo predador de tripes, pulgões, larvas, ácaros, moscas-brancas, entre outros. Comercialmente, já se pode adquirir Orius para o controle biológico. Os insetos são produzidos nas chamadas Biofábricas e depois são soltos de forma estratégica nas lavouras infestadas pelas pragas.

Para a pesquisadora, a utilização do manejo integrado de pragas tem se tornado uma forma eficiente de cultivo agrícola, uma vez que o uso do controle biológico, por si só, ainda está sendo estudado para muitas delas ou ainda são desconhecidos seus inimigos naturais mais eficientes. "O manejo integrado de pragas envolve várias estratégias de controle. Além do uso de agentes biológicos, são associadas outras medidas para combater as pragas, tais como a seleção de defensivos químicos que preservam os inimigos naturais e são eficientes somente contra as pragas. O que fazemos é explicar aos produtores que o controle biológico pode ser um método seguro e eficiente, mesmo que ele não observe de imediato a ação dos agentes de controle biológico, devendo-se atentar para o monitoramento da presença das pragas na lavoura", esclarece Brígida.

Muitos resultados das pesquisas sobre o controle biológico foram publicados em um livro lançado recentemente, intitulado "Inimigos naturais de insetos-praga em agroecossistemas neotropicais". A publicação "Natural Enemies of Insect Pests in Neotropical Agroecosystems" (ISBN 978-3-030-2432-4), retrata as diversas pesquisas com controle biológico realizadas pelo programa de Pós-Graduação em Entomologia da UFLA, e aborda a importância dos inimigos naturais e da diversidade funcional para o controle biológico nos agroecossistemas neotropicais. 

Fonte: Ufla

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