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Publicada em: 01/02/2020 19:45 - Atualizada em: 03/02/2020 13:10
Há 46 anos uma tragédia se abateu sobre o Brasil e um lavrense estava entre as vítimas
O mês de fevereiro é marcado por grandes incêndios, como o Joelma, Andraus, Grande Avenida e Vila Socó. Um lavrense perdeu a vida no incêndio do Joelma

Muitas pessoas saltavam do prédio em chama para não morrerem queimadas. Imagem extraída de um documentário do YouTube 

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O mês de fevereiro é marcado historicamente por grandes incêndios que deixaram centenas de pessoas mortas. Hoje, dia primeiro de fevereiro, está fazendo 46 anos de uma grande tragédia que aconteceu em São Paulo e ganhou a mídia mundial: o incêndio no edifício Joelma, que inspirou o diretor John Guillermin a produzir o clássico filme-catástrofe "Inferno na Torre".

O edifício Joelma, localizado na avenida Nove de Julho, era um complexo de salas e escritórios onde trabalhavam cerca de 750 pessoas. Há exatamente 46 anos, às 8h50 do dia primeiro de fevereiro, muitos aparelhos de ar condicionado estavam ligados devido ao calor, e um deles fechou um curto-circuito, no 12º andar, o prédio tinha 25.

Todos ocupantes do prédio subiram para o terraço, porém, o edifício Joelma não possuía heliporto. O calor intenso e as grandes labaredas chegaram ao ponto mais alto do prédio, muita gente desesperada se jogou e morreu.

Neste prédio estava o lavrense Sebastião Anacleto da Silva, o "Dinho", como era mais conhecido, ele foi jogador de futebol e trabalhava em um banco em São Paulo. Seu corpo foi resgatado pelos bombeiros, ele estava na escada e sua morte foi atestada por asfixia por inalação de fumaça. Além dele, mais 191 pessoas morreram e 300 ficaram feridas.

Outra tragédia que marcou o mês de fevereiro foi o incêndio no edifício Grande Avenida, no dia 14 de fevereiro de 1981. No edifício era onde ficava a torre de retransmissão de televisão da Rede Record. Nesta tragédia, 17 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.

A tragédia do Grande Avenida poderia ter sido maior, se o incêndio não tivesse acontecido no final de semana, cerca de 1,4 mil funcionários de empresas que trabalhavam no prédio estavam de folga. O fogo teve início na sobreloja do prédio, que era ocupada pela empresa Toyobo do Brasil Indústria Têxtil. Segundo os peritos, a causa foi um curto-circuito na rede elétrica. 

Outro incêndio também em fevereiro, dia 24, mas de 1984, e que deixou 93 mortos foi o da Vila Socó. Por um erro de um funcionário da Petrobras, a transferência de gasolina foi feita para uma tubulação que se encontrava fechada. Com a pressão, um oleoduto que ligava a Refinaria Presidente Bernardes ao Terminal Alemoa rompeu, espalhando cerca de 700 mil litros de gasolina na região, cercada pela Vila Socó, atual Vila São José, em Cubatão, São Paulo.

Os moradores começaram a recolher e estocar gasolina em suas casas. Cerca de duas horas depois do início do vazamento, um incêndio se alastrou pelas casas que eram construídas de madeira, os galões de gasolina estocados nas casas, ajudaram a propagar o incêndio na região do mangue.

Até hoje não se sabe ao certo quantas pessoas morreram, oficialmente foram 93, mas outras fontes afirmavam ser pelo menos 500 mortos. Se considerar que os mais de 500 barracos foram destruídos, supõem-se que famílias inteiras foram carbonizadas e caídas no alagadiço do mangue, outra hipótese que reforça essa teoria foi o número de crianças que não mais compareceram às escolas da região.  

Em 24 de fevereiro de 1972, o Edifício Andraus, localizado na avenida São João região central de São Paulo, também foi local de um incêndio de grandes proporções. Uma sobrecarga no sistema elétrico no segundo andar fez com que o fogo se alastrasse rapidamente pelos 32 andares.  

A tragédia ocorreu devido a uma sobrecarga no sistema elétrico no segundo pavimento, que fez com que o fogo rapidamente se alastrasse consumindo o prédio por completo. No total, 16 pessoas morreram e 330 ficaram feridas. Entre os mortos, executivos e funcionários das multinacionais de empresas alemãs. 

Mas, a maior tragédia do Brasil não foi em São Paulo, foi em Niterói, há 59 anos, e também não foi em fevereiro, foi em dezembro, no dia 17 de dezembro de 1961, o dia em que o Brasil viveu uma das maiores tragédias de sua história, que ganhou destaque em todo o mundo, foi o do Gran Circo Norte-Americano, com a fama de ser o maior da América Latina. No dia 17 de dezembro de 1961 o espetáculo começou com alegria, mas três criminosos atearam fogo no circo e 503 pessoas morreram, sendo 70% delas crianças. Muitas pessoas morreram pisoteadas e a tragédia ganhou esta proporção também pela falta de socorro imediato, pois o principal hospital da região, o "Antônio Pedro", estava com suas portas fechadas devido a uma greve de acadêmicos que defendiam a federalização do estabelecimento por melhores condições. O então presidente João Goulart foi para Niterói no dia seguinte. A tragédia comoveu o mundo: o Papa João XXIII pediu que o mundo orasse pelos brasileiros e lamentou as centenas de mortes, a maioria delas de crianças. 

O socorro chegou de todos os lados do Brasil. De Lavras, um grupo de voluntários, ligado à área da saúde, se deslocou até Niterói para poder ajudar as quase duas mil pessoas feridas, que foram alojadas em hospitais de Niterói, Rio de Janeiro e nas bases montadas pelo Exército, Marinha e Aeronáutica.

Também em Lavras que aconteceu um fato marcante ligado a esta tragédia: naquela época, há mais de 50 anos, a pecha de "contrabandista" era muito pesada, como hoje são os traficantes. No Rio de Janeiro faltou um determinado medicamento para atender queimados, o medicamento era importado dos Estados Unidos. Mas diante da tragédia que abalou o mundo, um contrabandista de Lavras procurou as autoridades e confessou que trabalhava com o ilícito, porém, ele disse que havia uma grande quantidade do medicamento em seu poder e que estava disponibilizando a carga para atender as crianças da tragédia do circo. O medicamento foi transportado para o Rio de Janeiro e o contrabandista respondeu um processo, porém, devido a sua generosidade, ele não foi condenado.

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