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Publicada em: 24/05/2011 23:37 - Atualizada em: 03/04/2014 10:44
SONS DE LAVRAS - Série Cecília Bravo (2 de 7): a história da banda
Na segunda reportagem da série Cecília Bravo, os integrantes da banda contaram detalhes da trajetória em conversa com o Jornal de Lavras.

     

Stéfano Luz, André Tideh, Marcelo Vakones, Gustavo Gold, Ariel Camargo e Leandro Matioli, integrantes da banda Cecília Bravo - foto: Jornal de Lavras. Abaixo, Revista Bravo! edição n.50 - foto: Jornal de Lavras; imagem da logomarca da banda extraída do site: www.ceciliabravo.com.br

 

Leia antes a reportagem anterior da série Cecília Bravo, sobre os integrantes, clicando aqui.

A reportagem do Jornal de Lavras teve uma longa e agradável conversa com os integrantes da Cecília Bravo no final de um ensaio realizado na garagem da casa do Stéfano Luz. Eles contaram muitos detalhes sobre a trajetória do grupo. O início, a escolha do nome, da logomarca, a participação em um programa de televisão e outras histórias foram reproduzidas, para que os leitores tenham a oportunidade de conhecer mais sobre a banda.

 

O início da banda

A história da Cecília Bravo teve início na banda de pop rock Dona Inácia, fundada por Gustavo Ballet, que recebeu este nome inspirado em uma rua de Lavras chamada Dona Inácia. Stéfano Luz, Gustavo Gold, Leandro Matioli e André Tideh entraram quando a banda já existia e já era conhecida pelo público jovem lavrense. Permaneceram aproximadamente dois anos com essa formação, até que o fundador a deixou no início de 2009.

Os integrantes da Dona Inácia, já sem o seu fundador, perceberam que, com a nova formação, apesar de manterem o estilo, tinham uma nova intenção: queriam fazer músicas próprias e gravar um CD. Com este novo direcionamento em mente, decidiram trocar o nome da banda.

Passou pouco tempo, Ariel Camargo e Marcelo Vakones foram convidados para integrarem ao grupo. A introdução da gaita no conjunto, com a entrada de Ariel Camargo, alterou o "som", e isso confirmou que a decisão de trocar o nome havia sido acertada.

Mesmo com a alteração do nome, a nova formação não perdeu tudo aquilo que já havia sido construído pela Dona Inácia: o seu espaço no cenário musical lavrense.

 

A escolha do novo nome

Em 2009, os integrantes da banda composta, até então, por André Tideh, Leandro Matioli, Gustavo Gold e Stéfano Luz iriam participar do programa Astros, do SBT. Como eles já haviam optado pela troca do nome, acharam que este era o melhor momento para fazerem isso, já que seria o primeiro grande passo do grupo. O problema é que não tinham outro nome em mente, e precisavam de se decidirem rápido, já que o dia da inscrição estava chegando. Os integrantes começaram a fazer "brainstorming" para conseguirem um bom nome. A mãe de um deles chegou a elaborar uma extensa lista com nomes em Latim, mas eles não gostaram de nenhum sugerido até então. Foram dias e dias pesquisando até que, um dia, quando estavam reunidos na sala da casa do Stéfano Luz, um deles estava folheando  uma revista cultural chamada "Bravo!", e eles tiveram a ideia, que surgiu quase naturalmente, de dar à banda o nome daquela revista.

Quando todos pensavam que haviam encontrado o nome, surgiu uma dúvida: será que já existia alguma banda com a denominação Bravo? Existia! Pelo menos foi o que indicou uma pesquisa no Google. Um clima de desânimo tomou conta do grupo e eles voltaram para a sala.

Continuando a folhear a revista, algo chamou a atenção deles: a capa da revista Bravo tinha uma fotografia de Cecília Meireles, a poeta que levou poesia ao Movimento Modernista, e o nome Cecília estava em destaque. Foi quando surgiu uma luz no fim do túnel: "Cecília Bravo"! Na hora alguns não gostaram, sobretudo, por ter em sua composição, um nome feminino.

Depois de muita discussão, aceitaram a nova denominação. Porém, até hoje, alguns dos integrantes questionam a escolha, e eles contaram que, às vezes, quando vão tocar em outra cidade, são questionados: "Onde está a Cecília? Perguntam acreditando que eles são os músicos que acompanham uma cantora com este nome.

Com eles gostando ou não, o fato é que a banda é conhecida por este nome e, ao que tudo indica, agrada bastante ao público. Além disso, não se pode negar: o nome marca, e deixa curioso aquele que não conhece a história do seu surgimento.

Cecília Bravo - o nome da banda - escolhido porque alguém deixou, despretensiosamente sobre uma mesa de centro da sala, um exemplar da revista Bravo, edição número 50 de novembro de 2001.

O fato curioso é que, justamente esta edição, parece ser uma raridade no meio digital. Há a imagem de várias capas da revista Bravo! na internet, mas justamente essa não existe, pelo menos foi a conclusão da reportagem do Jornal de Lavras após uma extensa busca por esta para ilustrar a matéria. A solução foi torcer para que ela ainda existisse na casa do Stéfano Luz, foi quando descobrimos que sua mãe guardava, com carinho, a revista inspiradora do nome da banda.

 

A escolha da logomarca

Escolhido o nome, os integrantes da banda concluíram que precisavam de uma logomarca. Tinham em mente que deveria ser uma imagem forte, que marcasse, e que sua simples visualização fosse suficiente para identificar a banda, mesmo se o nome não estivesse escrito. Gustavo Gold fez uma analogia para explicar à reportagem o que queriam: "tinha que ser uma imagem que ligasse, imediatamente, à banda, assim como o símbolo do Batman - basta vê-lo para lembrar do personagem".

Com esta finalidade em mente, Leandro Matioli procurou um amigo, conhecido como "boy", que trabalha com arte. Eles apresentaram a idéia que haviam tido, de ser elaborado a partir de um rosto de boneca. A partir daí, várias idéias foram apresentadas e discutidas pela banda, e o Boy foi desenvolvendo o trabalho artístico.

Diferentemente do nome, é unânime entre a banda que a logomarca ficou como queriam, mesmo porque, somente foi finalizado o processo de criação, quando houve o consenso dos integrantes. E eles têm razão, a bonequinha é realmente uma imagem marcante.

 

A participação em um programa de televisão

O SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) lançou, há algum tempo, o programa de descoberta de novos talentos denominado Astros, e uma equipe percorreu por Minas Gerais para fazerem seletivas em várias cidades, dentre elas, Poços de Caldas, no Sul de Minas.

Isso ocorreu no início de 2009, e a banda, até então formada por Gustavo Gold, André Tideh, Leandro Matioli e Stéfano Luz, decidiu participar da seleção, porque seria a oportunidade de se  apresentarem para produtores renomados. Concomitantemente à decisão, pairava o receio de serem criticados em "rede nacional", uma vez que os julgadores do programa já eram conhecidos por serem muito sinceros, mas eles resolveram enfrentar o desafio e ouvir o que eles tinham a dizer sobre a banda.

 A seletiva em Poços de Caldas estava marcada para uma sexta-feira e, na quinta, o André Tideh foi para aquela cidade para marcar lugar na fila. Eram muitos concorrentes, mas eles foram selecionados para se apresentarem para os jurados, em São Paulo. Da seletiva, até a viagem para São Paulo, passaram aproximadamente dois meses.

Eles tiveram a oportunidade de tocarem duas músicas para os jurados, "Top Top" dos Mutantes, e uma deles: "Sozinha no bar" que, inclusive, está no CD que será lançado nesta semana.

Eles receberam quatro "sim" e foram aprovados para a final. No entanto, dos dez aprovados, apenas três calouros teriam a oportunidade de serem exibidos no ar, e a Cecília Bravo não participou da exibição.

Por terem sido aprovados, eles tiveram uma segunda oportunidade de passarem pelos jurados sem terem que enfrentar a fase classificatória. Desta vez o grupo já era composto por seis integrantes, Ariel Camargo e Marcelo Vakones já haviam entrando na banda.

Mais uma vez, Cecília Bravo ganhou todos os "sim" e recebeu muitos elogios dos julgadores, mas novamente a apresentação não foi escolhida para ir ao ar no programa.

Questionados sobre o que eles pensam sobre o poquê disso, eles explicaram à reportagem que, na gravação do programa, os cantores tinham que ser um pouco atores também: primeiro eles cantaram para os jurados, foram aprovados, ficaram muito felizes e comemoraram muito. Daí, de repente, no meio da comemoração, a produção do programa entrou na sala que estavam e falou que era hora de gravarem o "momento tenso", como se ainda não tivessem entrado para a sala dos jurados. Eles tinham que demonstrar uma apreensão que não estavam sentindo mais, e confessam que não conseguiram atuar muito bem.

Além disso, eles contaram que tiveram que gravar uma fala previamente estipulada pela produção, a qual transmitia uma mensagem soberba, de que eles eram os melhores. Por esta não ser uma característica da banda, eles contaram à reportagem que o lado positivo de não terem sido escolhidos para exibição do programa, foi não ter sido veiculada esta imagem falsa da Cecília Bravo em rede nacional.

 

Sobre a divulgação da banda

Perguntados sobre como é feita a divulgação da banda, os integrantes contaram à reportagem que eles não fazem quase nada com relação a isso; não porque não querem, mas porque não conseguem cuidar de tudo, então preferem ficar na parte "musical".

Eles contaram que, um dia, resolveram que deveriam percorrer as rádios e deixarem um CD de apresentação. Foram em algumas cidades da região e fizeram a distribuição, mas não tiveram resultados porque não acompanharam a "pós entrega".

Os integrantes revelaram à reportagem que, infelizmente, algumas rádios se submetem à prática imoral de "jabá", que significa cobrar para veicularem as músicas de determinados artistas. Neste momento, eles foram enfáticos: "se precisarmos pagar para conquistarmos fãs e sucesso, preferimos nunca tê-los, porque não estamos em uma banda com a intenção de pagar as pessoas para gostarem de nós. O que fazemos é arte, e não existe nada melhor que ser reconhecido, não há dinheiro que pague isso".

 

Internet como meio de divulgação de trabalhos independentes

Questionados sobre o papel da internet na divulgação de trabalhos musicais, eles afirmaram que acreditam nesta força, tanto que a utilizam, revelando, inclusive, que as músicas do CD que será lançado esta semana estarão disponíveis na internet para download gratuito.

Eles afirmaram que utilizam redes sociais e site de vídeos para divulgação dos trabalhos produzidos por eles. "Nós dividimos, cada um cuida de uma rede", disseram.

Mas eles deixaram claro que entendem que as possibilidades e facilidades de divulgação pela internet é, ao mesmo tempo, positiva e negativa: ao mesmo tempo que facilita e possibilita, o que é positivo, facilita e possibilita a todos, que é um ponto negativo em se tratando de sobrecarga de informação, o que dificulta a divulgação.

Eles esclareceram que tem consciência de que um trabalho de divulgação neste meio precisa ser bem feito, bem coordenado, para atingir o objetivo. Mas como eles ainda não podem viver da música, cada um tem outros afazeres e, com isso, a internet não é bem explorada em benefício da banda.

 

Sobre o lançamento do CD

Lembramos que o lançamento do CD da banda Cecília Bravo será realizado em dois shows, nos dias 27 e 28, sexta-feira e sábado, respectivamente. Os ingressos estão à venda na Importadora Mesquita e Freqüência Loja 2 (ao lado da Z&K), pelo valor de R$ 15, e dará direito ao CD da banda no dia do evento.

Os shows serão realizados no Espaço Cultural "João Pereira de Carvalho", a Estação Costa Pinto (Teatro Municipal), às 19h30.

 

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