Na foto, o sargento Ramos Júnior concedendo entrevista para a TVU quando salvou a primeira criança, em fevereiro de 2016

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Em 2016, no dia 14 de fevereiro, o sargento Ramos Júnior estava de plantão no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), quando recebeu um pedido de socorro de um pai desesperado, isso porque seu filho, de apenas dez dias de vida, estava engasgado e sem respirar. Na ocasião, o pai do bebê narrou como seu filho estava e disse que o bebê estava no colo de sua esposa, a mãe da criança, que também estava apavorada com a situação. O militar passou então a orientar o rapaz e acalma-lo, disse como ele e a esposa deveriam agir para desengasgar o recém-nascido, seguindo os procedimentos básicos. O pai repassava para a mãe da criança as orientações do sargento Ramos Júnior e, em 3 minutos, a situação já estava sob controle: a criança expeliu uma quantidade de líquido e voltou a respirar, para o alívio dos pais. O policial se sentiu aliviado também quando ouviu pelo telefone, o choro do bebê de pouco mais de uma semana. O pai emocionado agradeceu ao militar.

Passaram quatro meses e o sargento Ramos Júnior estava novamente de plantão no Copom na noite do dia 18 de junho de 2016, quando ele recebeu mais uma vez a ligação de um pai desesperado que estava vivendo momentos de tensão com o seu filho, de apenas 8 dias, engasgado, roxo e sem respirar. Mais uma vez o sargento Ramos Júnior fez as orientações e, em questão de alguns minutos, a situação estava sob controle, a criança voltou a respirar para o alívio do casal e de todos os policiais que estavam de serviço no Copom e que juntamente com o sargento Ramos Júnior passaram aqueles minutos que pareciam uma eternidade.

Na madrugada do dia 15 de janeiro de 2017, o sargento Ramos Júnior recebeu mais um pedido de socorro por telefone de um pai desesperado, isso porque seu filho, de apenas doze dias de vida, estava engasgado, sem respirar e com a boca roxa. Mais uma vez o militar começou então a orientar o rapaz que repassava as orientações a sua esposa, a mãe do recém-nascido. A orientação do policial seguia a norma internacional, que é a "Manobra de Heimlich", que consiste na desobstrução das vias aéreas. Seguindo a orientação do militar, a criança voltou a respirar, porém, com alguma dificuldade. O sargento Júnior então orientou o pai da criança a fazer o segundo procedimento da manobra, que consiste em realizar compressões torácicas.

Enquanto o sargento orientava os pais, outros atendentes do Copom comunicaram com a viatura mais próxima do local. A viatura deslocou para o endereço da família. Os policiais, quando chegaram à residência do casal, já encontraram a criança chorando, mas com certa dificuldade para respirar. Um sargento que estava na viatura, Fábio Rossi Tavares, pegou a criança e continuou o trabalho da manobra de Heimlich, enquanto isso os pais da criança e a criança eram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), para receberem os procedimentos médicos. A criança foi salva graças às orientações do sargento José Ramos Júnior e todos os militares envolvidos.

Agora a história se repete pela quarta vez, foi no início da tarde de ontem, quinta-feira, dia 16 e o militar de plantão era novamente o sargento Ramos. Ele recebeu uma ligação telefônica de uma mãe desesperada e, em prantos, ela contou que havia dado à luz há dois dias e que seu filho estava engasgado e sem respirar, ela contou ainda que sua mãe, avó do bebê, estava segurando a criança. Ao tomar conhecimento dos fatos, o sargento Ramos Júnior, coordenador da equipe de plantão, assumiu o atendimento e passou a orientar a jovem que já contava com o auxílio de sua mãe com o bebê nos braços. Seguindo a orientação, a criança vomitou e voltou a respirar, para o alívio de todos.

Durante o restabelecimento do bebê, o fato foi repassado ao Corpo de Bombeiros para que uma equipe comparecesse até a residência para verificar o estado da criança. Mais tarde, já bem mais calma e em agradecimento, a jovem retornou a ligação dizendo que a criança recém-nascida estava bem.

O sargento Júnior falou da satisfação que sentiu em poder atuar em mais uma solicitação de urgência. Segundo ele, "a Polícia Militar nos dá instrução e treinamento para atuarmos em casos de salvamento. Esta é uma responsabilidade que nos compete e que fazemos com alegria".

Os profissionais orientam que, caso alguém venha a passar por situação semelhante, se possível, manter a calma e realizar os seguintes passos: