Imagem ilustrativa extraída do site: jornalmomento.com.br
.
@jornaldelavras | @jornaldelavras | (35) 99925.5481 |
O número de inspeções para identificação e remoção de ligações irregulares e clandestinas cresceu mais de 700% em Minas Gerais nos últimos três anos, de acordo com dados da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais). Em 2016, foram realizadas 26 mil inspeções pela Companhia, e no ano passado, 185 mil.
Somente nos três primeiros meses de 2019, a Cemig já verificou 55 mil medidores de energia e encontrou cerca de 22 mil irregularidades. O objetivo das vistorias é reduzir o número de fraudes na rede de distribuição, pois as perdas decorrentes das ligações irregulares refletem não somente na economia da empresa, mas também da população, já que a energia furtada é considerada na composição da tarifa de energia elétrica.
Além das inspeções de rotina, a Cemig realiza, a cada 15 dias, mutirões para minimizar o prejuízo anual de aproximadamente R$ 450 milhões com o furto de energia.
A tarifa dos consumidores mineiros poderia ser até 5% mais barata se não houvesse ligações irregulares e clandestinas na área de concessão da Cemig. Por isso, a Companhia investe em operações e possui, ainda, um centro de inteligência que monitora o consumo de todos os clientes em tempo real.
O consumidor também pode auxiliar a companhia no combate ao furto de energia, denunciando irregularidades. Essas denúncias são feitas de forma anônima pelo telefone 116. Ao identificar uma suspeita de irregularidade, o eletricista da Cemig retira o medidor da unidade consumidora e lacra o aparelho em envelope plástico específico. Logo depois, ele instala um novo equipamento e envia o antigo aparelho para o laboratório da companhia, que é certificado pelo Inmetro. Lá, é feita uma análise detalhada para identificar possíveis fraudes e adulterações no medidor.
Caso seja confirmada a irregularidade pela Cemig, o titular da unidade consumidora pode responder criminalmente, já que a intervenção é crime previsto no artigo 155 do Código Penal e estipula multa e pena de um a oito anos de reclusão, além da obrigação de ressarcimento de toda a energia furtada e não faturada em até 36 meses, de forma retroativa.
|
|