Presos foram apresentados a imprensa numa coletiva. Fotos: Polícia Civil e Diário Campo Belo

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Numa grande operação da Polícia Civil de Minas Gerais desencadeada ontem, quinta-feira, dia 2, em Campo Belo, foram presas 39 pessoas supostamente ligadas a um tentáculo de uma organização criminosa de São Paulo. Os criminosos mantinham uma rede de distribuição de drogas em Minas Gerais e abasteciam grande parte do Estado, sobretudo na região do Sul de Minas. As prisões foram efetuadas em Campo Belo, Lavras, Cana Verde e Formiga.

Ao todo foram expedidos 46 mandados de prisão, porém, 39 foram cumpridos os demais estão foragidos. A PC chegou até estas pessoas depois de uma investigação que teve início há dois anos, quando foi efetuada uma apreensão em Campo Belo de cocaína embalada a vácuo e isso chamou a atenção dos policiais.

Devido a forma de embalar a cocaína, a vácuo, que ocupa um espaço muito reduzido, de fácil transporte e que chega a enganar cães farejadores, a operação foi denominada de "Torricelli", uma alusão ao físico italiano Evangelista Torricelli, que comprovou a existência do vácuo.

No decorrer das investigações, a PC descobriu que a droga era procedente de São Paulo para ser distribuída em Minas Gerais, principalmente na região do Sul do Estado. As investigações concluíram que o grupo foi o responsável por iniciar na região as vendas de cocaína em embalagens a vácuo, o que facilitava a distribuição, a PC ainda não conseguiu apreender o equipamento que embala a droga.

As investigações apontaram que dois irmãos agiam como líderes da quadrilha, eles foram presos.

Ontem a Polícia Civil, reuniu as pessoas presas no salão na sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), para apresentar para a imprensa e conceder entrevista coletiva. Participaram da Operação Torricelli 192 policiais civis (foto) das delegacias de Campo Belo, Lavras, Formiga, Belo Horizonte e Divinópolis. A operação foi coordenada pelo delegado José Rubens Nogueira Neto, delegado de Campo Belo, sob a coordenação do 6º Departamento, com sede em Lavras e que tem como titular o delegado Pedro Paulo Marques, que participou das prisões.