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A notícia de que a impunidade dos menores que cometem crimes estaria prestes a acabar, já que duas celas especiais para menores estão sendo construídas no Presídio Estadual de Lavras e a informação que a cidade ganharia um Centro Socioeducativo para internação de menores em conflito com a lei, foi motivo para que um jornal da cidade iniciasse uma campanha contra a construção da "casa de correção". O jornal afirmou, categoricamente, que seria para receber infratores de todo o Estado, apesar da estrutura comportar apenas 80 infratores.

Para evitar que a informação continue a ser distorcida, o promotor da Infância e Juventude Aécio Rabelo convocou os vereadores para uma reunião para falar sobre a necessidade de se ter na cidade uma instituição deste nível. A reunião ocorreu na manhã de terça-feira, dia 3, para esclarecimento. A reunião foi às 10h na sede do Ministério Público. Dos dez vereadores, nove compareceram, exceto o vereador Hélio Haddad, que por razões profissionais não pode participar da reunião.

O promotor Aécio explicou aos vereadores que existe uma grande dificuldade para o cumprimento de penas para os menores, as chamadas "medidas sócio educativas", que são previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O promotor falou também sobre a falta de um número maior de leitos para internação de jovens para a desintoxicação química, assim como de uma instituição que disponha de recursos técnicos multiprofissionais para a recuperação física e psíquica desses casos após o tratamento inicial.

Ele explicou que a aplicação das medidas, que vão desde advertência até a internação dos menores, existem algumas limitações em Lavras, por falta de uma estrutura física. O promotor Aécio falou da necessidade de uma pareceria efetiva entre as esferas dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público, dentro de suas competências, em ações realmente eficazes visando melhorar a segurança pública em Lavras, sobretudo no combate ao tráfico de drogas, especialmente o "crack", a droga da morte, cuja comercialização é feita majoritariamente por menores utilizados pelos grandes traficantes.

Os vereadores acharam proveitosa a reunião e destacaram a explanação do promotor Aécio Rabelo, que foi, segundo eles, didática e esclarecedora.

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