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Publicada em: 25/03/2019 16:32 - Atualizada em: 26/03/2019 08:41
Primeira produção de castanha-do-pará fora da região Norte do Brasil é realizada em Lavras
Árvores de castanha-do-pará, plantadas na Ufla, já começaram a dar frutos

A castanha-do-pará (ou castanha do Brasil) é uma semente do mesmo grupo das nozes, amêndoas e outras oleaginosas. Ela é rica em gorduras boas, minerais e fitoquímicos e tem elevado valor nutritivo

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A primeira produção de castanha-do-Brasil, conhecida como castanha-do-pará, fora da região Norte do Brasil, é realizada em Lavras, no campus da Universidade Federal de Lavras (Ufla). O experimento, realizado por professores do Departamento de Ciências Florestais (DCF), já está em fase de frutificação e produz castanhas saudáveis.

O plantio experimental na Ufla foi realizado em janeiro de 1996, com mudas produzidas a partir de sementes coletadas em locais de ocorrência natural do Mato Grosso. O propósito do experimento foi avaliar o desenvolvimento da espécie na região em Sistema Agroflorestal, em consórcio com a seringueira.

Como a frutificação fora da região de origem é inédita, pesquisadores do DCF analisam a ocorrência. "Em teoria, a espécie não teria condições climáticas e ecológicas para produzir frutos na região, diante deste fato, precisamos! observar aspectos como lançamento de flor e folha, lançamento de frutos e queda do fruto, para investir futuramente na produção de mudas", explica a doutoranda Clarissa de Moraes Souza.

O acompanhamento será feito durante 36 meses. Para estudar a espécie nas condições de Lavras, os pesquisadores da Ufla estão firmando uma parceria com a Embrapa Agrossilvipastoril. Inicialmente, está sendo realizado um monitoramento visual quinzenal das árvores com o auxílio de drone, para obter informações sobre como a espécie se desenvolve ao longo de suas diferentes fases na região. O estudo visa relacionar os fatores climáticos e os ciclos dos seres vivos.

Em parceria com pesquisadores do Departamento de Entomologia, também foi montada uma estrutura de andaime em uma das árvores em florescimento, para capturar e identificar os insetos que estão polinizando as flores. Outras atividades estão sendo planejadas para obter mais informações sobre o comportamento da espécie na região de Lavras e possibilitar a produção da castanha-do-Brasil fora do ecossistema amazônico.

"Faremos todo um estudo sobre aspectos ecológicos, fisiológicos, coleta de sementes, beneficiamento e produção de mudas, plantio e condução; em resumo, de todo o manejo, para termos conhecimentos sobre a espécie e obter respostas sobre a restauração ambiental e também sobre a parte produtiva", ressalta o professor Lucas Amaral de Melo.

A expectativa é que os resultados desta pesquisa proporcionem novos conhecimentos sobre a ecologia e silvicultura da espécie, possibilitando plantios fora da região de origem e gerando perspectivas econômicas para propor seu plantio e manejo a produtores rurais e empresários que tenham interesse em produzir a castanha-do-Brasil.

Castanha-do-Brasil em extinção A castanha-do-Brasil ocorre naturalmente na região amazônica da América do Sul. Há poucos estudos de estabelecimento de plantios de castanheira fora da região amazônica e não há relatos de frutificação da espécie fora de sua área de ocorrência natural, fato que desestimula o estabelecimento de plantios comerciais.

"Atualmente, a castanha-do-Brasil é uma espécie em extinção. A castanha que é consumida no Brasil e no mundo vem de floresta nativa e há uma pressão sobre essas florestas. O objetivo da pesquisa é incentivar a produção fora do ambiente natural", explica o docente.

A castanha-do-Brasil está classificada como vulnerável quanto ao risco de extinção. A espécie é protegida por lei (Decreto nº5975/2006), sendo proibido seu corte para exploração madeireira em florestas naturais, primitivas ou regeneradas. Como consequência, todas as outras espécies da mesma região são submetidas a corte, e a castanheira fica isolada na paisagem. Este fato torna a árvore suscetível a estresse ambiental causado pelo fogo e condições climáticas resultantes do desmatamento, somado ao risco de tombamento devido à falta de apoio do dossel da floresta.

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