Imagem que choca: boi atolado na lama, com fome, sede e sem forças. Ativistas querem que Vale invista no socorro aos animais
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O sacrifício de animais atolados pela lama em Brumadinho, noticiado pela imprensa, que denunciou que uma aeronave da Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobrevoou a área afetada e em alguns pontos, onde havia alguns animais atolados em locais de difícil acesso, bovinos e cães foram sacrificados a tiros disparados de dentro do helicóptero.
A divulgação caiu como uma bomba para o Governo de Minas. Diante da repercussão negativa, a Defesa Civil imediatamente reagiu afirmando que "o abate aleatório não foi autorizado". No início da tarde desta terça-feira, o sacrifício foi confirmado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Diante da notícia negativa o Governo de Minas antecipou e tentou "remendar", mas o estrago já havia sido feito e ganhou uma grande dimensão negativa. Na tarde de ontem o Governo de Minas emitiu uma nota para a imprensa, através da qual afirma que "os animais vítimas do desastre do rompimento da barragem em Brumadinho são acompanhados pela Vale e por órgãos atuantes nas esferas federal e estadual".
Os animais resgatados, segundo a nota do Governo de Minas, com vida estão sendo encaminhados para um sítio próximo ao local, onde recebem tratamento, alimentação, medicamentos e todo o aporte necessário por uma equipe de veterinários.
Ainda de acordo com a nota, "existem animais vivos que ainda estão no local do rompimento. Eles estão recebendo alimentação, água e cuidados, até que seja possível resgatá-los".
Ainda de acordo com a nota do governo mineiro, "contudo, existem animais que não reúnem condições para resgate com vida em decorrência do estado e características do local do desastre. Para esses casos, uma equipe de veterinários está apta a realizar a eutanásia por meio de injeção letal".
A nota justifica que a eutanásia é um procedimento realizado apenas por médicos veterinários nos casos extremos, quando é constatado que as condições de bem-estar e saúde dos animais encontram-se irreversivelmente comprometidas e sem possibilidade de recuperação.
"Cabe ressaltar que em nenhum momento houve autorização por parte do Gabinete Militar do Governador/Coordenadoria Estadual de Defesa Civil para o abate de animais aleatoriamente ou por meio de métodos em desacordo com as normas", finaliza a nota.