Coronel Antônio Claret dos Santos, que apresentou projeto que abre discussão sobre o uso exagerado do plástico
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O uso do canudinho de plástico para tomar um refrigerante ou um suco, ao que parece vai acabar, pelo menos é a tendência em todo o mundo. Banir o consumo deste artefato pode representar um grande passo para ajudar na diminuição da poluição ambiental no planeta.
Recentemente a rede de fast food MC Donalds anunciou que vai abolir o apetrecho em lojas do Reino Unido e da Irlanda. Já a rede de cafeteria Starbucks anunciou em julho que vai deixar de usar canudos de plástico em suas lojas de todo o mundo até 2020, evitando o consumo de mais de um bilhão de canudos. No Brasil também já começam a proibir a venda e o uso de canudo em algumas cidades.
Em Lavras os canudinhos de plástico também podem estar com "os dias contados", pelo menos é a vontade do vereador Antônio Claret dos Santos, o Coronel Claret. Ele protocolou na Secretaria da Câmara Municipal um projeto de lei que proíbe o comércio e o uso dos canudinhos plásticos em lanchonetes, bares, restaurantes, hotéis e similares.
Longe de ser o principal problema quando o assunto é poluição por plásticos, o canudo funciona como uma "porta de entrada" para discussões mais profundas – e, por ser um item dispensável no consumo diário, pode ter um apelo mais significativo.
A expectativa do vereador é que, ao chamar a discussão para os canudos plásticos, os consumidores se conscientizem e deixem de utilizar outros materiais de uso único, como sacolas, talheres plásticos, copos plástico, bandejas e até garrafas - que são responsáveis por índices de poluição maiores. Os resíduos plásticos são carreados pela enxurrada e chegam até os ribeirões e rios, o que é danoso para a vida animal.
O vereador Coronel Claret justifica seu projeto apresentando dados da Organização das Nações Unidas (ONU), os quais afirmam que cerca de 1 bilhão de canudos são descartados todos os dias, em todo o mundo. A quantidade é suficiente para dar cinco voltas em torno da Terra. Quando levamos em conta que o plástico de que são feitos os canudos leva até 450 anos para se decompor e que o material é muitas vezes descartado nos mares e rios, conseguimos entender a importância dessa lei, que já foi adotada no Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP e no estado do Rio Grande do Norte. França, Itália e China, entre outros países, adotaram restrições federais à comercialização do plástico descartável.
O projeto deverá ser votado em fevereiro, assim que o Poder Legislativo encerrar o seu recesso parlamentar.
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