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Publicada em: 13/11/2018 14:17 - Atualizada em: 14/11/2018 07:58
Iª Rodada dos Fóruns de Cultura de Lavras será realizada nesta terça-feira
O evento será realizado hoje, no dia 20 e no dia 27, na Casa da Cultura, na rua Sant'Anna

Casa da Cultura. Foto: Ascom PML

 

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Lavras foi no passado uma das cidades mais cultas de Minas Gerais, para se ter uma ideia, em outubro de 1888, chegou a Lavras para uma temporada no "Theatro Municipal" a Companhia Dramática dirigida pelo conceituado artista Augusto Brandão.

Também em outubro, mas de 1916, a cantora lírica Consuelo Escriche, diplomada pelo Real Conservatório de Milão, Itália, onde iniciou sua brilhante carreira artística, se apresentou em Lavras no "Theatro Municipal", depois de exibir-se nos mais conhecidos palcos europeus, sempre ao lado de grandes figuras, como por exemplo, Tita Ruffo e o grande Caruso, veio para uma temporada na América do Sul. No Brasil, apresentou-se no Rio de Janeiro, São Paulo, Petrópolis e Lavras.

Em fevereiro de 1917 foi reinaugurado o "Theatro Municipal", com a apresentação da ópera Aída, pela Companhia Lírica Rotoli e Billoro, de Luigi Billoro e Donato Rotoli. Foi uma noite de gala para a sociedade lavrense, não só pela reforma do teatro, que era uma réplica fiel do Scala de Milão, mas também pela apresentação da Companhia Lírica, já que foi a primeira vez que se apresentava uma ópera no interior de Minas Gerais.

Em 1985, o jornal "Estado de Minas" estampou uma grande reportagem sobre Lavras, com o título "A história da ópera em Minas começou com Aída, em Lavras", a reportagem narrava os tempos áureos do "Theatro Municipal", quando aqui eram encenadas grandes peças teatrais e companhias líricas de renome internacional, que faziam temporadas de meses em nossa cidade.

O "Theatro Municipal de Lavras" possuía 10 camarotes, 20 frisas, 150 poltronas, 140 cadeiras, 100 balcões e 250 gerais. Seu luxo só comparava-se ao famoso "Theatro de Petrópolis".

Na década de 60, Lavras perdeu seu interesse pela arte e pela cultura. O "Theatro Municipal" foi demolido, a imposição da cultura americana e o massacre da nossa cultura, facilitada pelos governos militares, também teve seu peso.

De lá para cá, a "cultura do desinteresse" tomou conta de Lavras. Existem algumas pessoas que ainda resistem como o teatrólogo e diretor de teatro Ricardo Calixto, do Grupo de Teatro Construção, o também teatrólogo Homero Faria, o maestro José Maciel e suas Meninas Cantoras de Lavras, não esquecendo também do trabalho da ex-secretária Municipal de Cultura Luíza Victorino, que desenvolveu uma política cultural jamais vista na cidade.

Agora a Secretaria Municipal de Esporte, Turismo, Lazer e Cultura e o Observatório de Políticas Públicas da Universidade Federal de Lavras (Ufla), vão promover a I Rodada dos Fóruns Setoriais de Cultura de Lavras, o evento será realizado hoje, terça-feira, dia 13, no dia 20 e no dia 27 deste mês, na Casa da Cultura.

Os Fóruns Setoriais reunirão representantes de várias áreas da cultura de Lavras para discutir o cenário da produção artística e cultural do município. Além disso, esse será o momento em que cada setor apresentará os seus candidatos para a eleição dos membros do Conselho de Política Cultural de Lavras para a nova gestão. A eleição será realizada em dezembro desse ano. 

Os organizadores lembram que esse evento é extremamente importante para que seja possível a construção de políticas culturais democráticas para o município.

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