Hospital Vaz Monteiro. Foto: Arquivo Jornal de Lavras

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Em mais um passo na busca pelo oferecimento de tratamentos de excelência e de alta tecnologia para Lavras e região, a Cardiologia do Hospital Vaz Monteiro, coordenada pelo médico Marcos Cherem, já tem capacidade técnica para realizar corriqueiramente a correção endovascular (sem necessidade de cirurgia aberta) de grandes aneurismas de aorta.

Para oferecer esse tipo de tratamento a instituição deve ter uma equipe multidisciplinar treinada e capacitada, formada por cardiologistas, hemodinamicistas, cirurgiões vasculares, anestesistas, intensivistas e enfermeiros, com equipamentos de ponta tanto para o diagnóstico, como monitorização como tratamento e suporte pós-operatório.

Os aneurismas arteriais são, na verdade, grandes dilatações de vasos sanguíneos. No caso da aorta abdominal por exemplo, o diâmetro habitual é de até 3,0 cm, a partir daí a artéria é considerada dilatada. Aneurismas pequenos são aqueles de até 4,0 cm. Os grandes aneurismas já mostram um diâmetro superior a 5,4 cm e trazem variados graus de complicações, dependendo de fatores associados aos mesmos, como pressão alta, diabetes, obesidade, colesterol elevado, extensão a outros vasos ou dissecção (quando a artéria começa a ser "rasgada") e risco de rompimento.

Segundo o radiologista Maurício Alvarenga Junqueira, "aqui no Vaz Monteiro, através da Ecomed, o diagnóstico é facilmente confirmado por exames de imagem avançada, seja através da ultrassonografia vascular como também pela angiotomografia computadorizada helicoidal, que podem determinar com precisão a extensão do problema para uma decisão terapêutica e resolução da doença".

"Até alguns anos atrás o tratamento de grandes aneurismas aórticos infra-renais era feito apenas com abertura do abdome, num procedimento mais invasivo, com possibilidade de várias complicações associadas" afirmou o médico Dirceu Barbosa Sobrinho.

No tratamento endovascular, uma prótese é implantada no local da dilatação, o que tem o efeito imediato de fazer com que o fluxo sanguíneo passe a circular dentro dessa estrutura, isolando a área dilatada e eliminando os grandes riscos de ruptura arterial.

Para o cirurgião vascular Marcos Antônio de Melo Jonas, esse tratamento demonstra claramente "que o Vaz Monteiro oferece hoje plena capacidade de resolução de doenças circulatórias das mais simples até as mais complexas, com segurança para o paciente e seus familiares".

"Ao longo dos últimos 10 anos o Vaz Monteiro vem investindo, de maneira continuada, milhões de reais na aquisição, manutenção e ampliação da estrutura física, de equipamentos e tecnologia em Cardiologia. Isso foi o que nos permitiu passar a ser uma referência estadual em tratamentos cardiovasculares, seja por técnicas minimamente invasivas, seja para cirurgias a céu aberto. Já foram mais de 7.500 procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos realizados" explica Marcos Cherem.

O Hospital Vaz Monteiro é uma instituição filantrópica em que cerca de 70% de pacientes internados são atendidos integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).