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Publicada em: 19/09/2018 14:33 - Atualizada em: 20/09/2018 06:35
Pesquisa da Ufla aponta que modismo influencia na escolha de qual raça de cão criar
A população de cães chega a 52,2 milhões de animais no Brasil e a maioria é de raça

Foto ilustrativa extraída do site Petlove

 

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No Brasil, 44,3% dos 65 milhões de domicílios possuem pelo menos um cachorro em casa, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, a população de cães chega a 52,2 milhões de animais. A maioria é de raça. Mas o que faz uma pessoa adquirir uma delas em vez de outra, em um universo de cerca de 400 raças? Uma pesquisa do Departamento de Medicina Veterinária (DMV) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) traçou o comportamento dos donos de cães de uma das raças em alta atualmente: o border collie. Os resultados apontaram que o principal motivo para se criar a raça é o modismo.

Os pesquisadores entrevistaram 115 donos de cães da raça no município de Lavras. Border collie é considerado o cachorro mais inteligente do mundo. Não é à toa que ele sempre estrela em comerciais e filmes, fato que fez o animal ganhar popularidade. Além de inteligente, é super simpático. Mas na hora de responder o porquê de se criar o border collie, 80% dos entrevistados disseram ter decidido pela raça porque outras pessoas também o tinham. "Esperávamos respostas ligadas às características da raça, como ser amável e ativo, porém a maioria dos tutores não souberam responder o motivo pelo qual adquiriram essa raça. Quando questionados, eles afirmaram que escolheram pelo fato de muitas pessoas terem esse cachorro", explicou o psicólogo e professor do DMV, Carlos Artur Lopes Leite. 

Quem soube explicar o motivo específico da escolha apontou que a raça é muito ativa e companheira na prática de esportes. Outra característica lembrada foi o cão ser "amigo". E poucas respostas relacionaram o border collie à prática de agility - esporte em que o cão pratica uma série de circuitos no menor tempo possível.

Carlos Artur Lopes Leite esclarece que a mídia e a internet elevam algumas raças em determinadas épocas à condição de status por serem, principalmente, relacionadas a pessoas ricas e realizadas. O veterinário lembra que a mídia determinou o surgimento de modismos dos pets desde os anos 1970 no Brasil. O primeiro filme a criar uma legião de pessoas que queriam o mesmo cão que aparecia na telona foi "O exorcista", responsável por consagrar duas raças: o pastor alemão e o rottweiller. No mundo, o collie de pêlo longo chegou às casas por causa do filme "Lassie", de 1943.

Nos últimos anos, além do border collie, o pug é um dos animais mais criados desde o lançamento de "MIB – Homens de negro". A nova onda que vem surgindo é das raças anãs, como o spitz alemão e o chiuaua. "É importante sempre consultar o médico veterinário sobre a escolha. Muitos confundem, por exemplo, chiuaua com pinscher e cruzam erradamente a raça, mudando o temperamento do animal, o que causa problemas para ele e o dono", disse.

Os cães entram e saem de moda como roupa. O modismo na escolha do cãozinho esconde futuros transtornos para o animal e os donos. "O maior problema é que quem embarca nessa normalmente desconhece as exigências de criação específicas das raças. O border collie, por exemplo, precisa de atividade física e mental todos os dias. Mas é comum encontrar esses animais mantidos presos em recintos pequenos e por longo período, o que o torna mais agressivo", exemplificou o psicólogo e professor do DMV, Carlos Artur Lopes Leite.

Por mais tentador que um cão possa parecer e o coração falar alto, é preciso pensar bastante antes de criar uma raça. "A partir do momento que se adquire um cão de raça por modismo, normalmente eles perdem o sentido para o dono, que tenta achar uma função para esse animal que se torna uma espécie de produto", afirma.

Dificuldades para criar um cão da raça, brigas e disputas familiares são alguns dos efeitos colaterais recorrentes entre quem adquire um cão de raça por impulso. "É necessário consultar orientação do médico veterinário sobre os motivos e possibilidades de criar o animal", orienta.

Fonte: Ufla

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