Imagem ilustrativa extraída do site producaorural.com
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O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla) em seu trabalho de coleta e divulgação do Índice de Preços Recebidos (IPR) referente a venda dos produtos agrícolas no Sul de Minas Gerais, e o Índice de Preços Pagos (IPP) referente aos preços de insumos para produção, teve como resultado para o primeiro semestre do ano de 2018 uma elevação média da renda dos produtores da região na ordem de 7,07%, e o aumento médio no preço do insumo em 4,11%, mostrando estabilidade no período analisado.
Neste primeiro semestre de 2018 os preços das commodities agrícolas apresentavam valores estabilizados a leve queda para quase todos os grupos de produtos pesquisados, porém fatores como a disparada do câmbio que afeta positivamente o preço do café e milho e a recente paralisação dos transportes no Brasil, no qual trouxe reflexos significativos principalmente nos grupos das frutas, das verduras e do leite, puxaram positivamente o preço.
Conforme o coordenador pesquisa, professor Renato Fontes, DAE/Ufla, a volatilidade dos preços das commodities agrícolas apresenta características do mercado em concorrência perfeita, onde alterações na oferta e demanda trazem acentuadas variações nos preços de maneira momentânea refletindo as condições e fundamentos do mercado. O café, a principal cultura agrícola explorada no sul de Minas Gerais estava no inicio do ano cotada em média ao preço de R$ 445, a saca de 60 Kg, no mês de junho do presente ano foi cotado em média a R$ 461,00, um aumento nominal de R$ 16, fato este, a princípio contraria os princípios econômicos, pois a cultura esta em sua fase de colheita, aumentando a oferta, o que pressiona os preços para baixo, porém como o café é cotado no mercado internacional e em dólar, a recente valorização da moeda americana valorizou o preço da saca de café.
Outra commodity que valorizou-se no período foi o milho, que apresentou um aumento de 31% no semestre, ocasionado por preços ruins no passado que refletiu na oferta atual. Os grupos das frutas com elevação de 24,34% e verduras com 14,36%, refletem os efeitos da recente paralisação rodoviária que ocorreu, interrompendo o fluxo destes produtos, o que gerou desabastecimento e a impossibilidade de escoamento gerando perdas o que comprometeu a oferta fazendo com que os preços se elevassem. Em contrapartida a commodity cana apresentou retração no seu preço, fruto do excedente de açúcar no mercado mundial, que vem pressionando o preço para patamares menores.
De uma maneira geral a situação no campo esta muito aquém do ideal, com grande parte das commodities longe de melhores preços já alcançados e com tendência de estabilidade dos preços no médio prazo, enquanto os insumos tendem a se elevar, principalmente aqueles que apresentam em sua formulação produtos importados e cotados em moeda estrangeira.
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