Imagem ilustrativa de ônibus queimados em Eloi Mendes. Foto: 9º Batalhão do Corpo de Bombeiros

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Os criminosos que ordenaram os ataques a ônibus e prédios públicos em Minas Gerais nos últimos meses serão enviados para uma penitenciária com regime diferenciado, eles ficarão sob o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), em celas individuais, sem receber visitas e sem outros direitos como banho de sol, por exemplo. Os ataques aconteceram principalmente em cidades do Sul e Triângulo e em cidades na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A medida foi anunciada hoje, quinta-feira, dia 5, e foi proposta em conjunto pelo Ministério Público de Minas Gerais e pelas policiais Civil e Militar, com o apoio da Secretaria de Administração Prisional (Seap). A medida tem como objetivo desarticular a comunicação dos comandantes, que são líderes da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), eles que emitiam ordens de dentro dos presídios por meio de celulares ou bilhetes dados aos visitantes.

Serão 26 lideranças do PCC que ficarão nesse mesmo presídio em Minas, que não foi divulgado qual pela Seap por "questões de segurança", conforme afirmou o secretário de Administração Penal Sérgio Barboza, em coletiva de imprensa realizada hoje. As polícias ainda procuram dois outros criminosos ligados à quadrilha, eles estão foragidos, mas, assim como os outros, foram denunciados pelo Ministério Público por organização criminosa com emprego de arma de fogo, associação para o tráfico de drogas, incêndio em edifício público e veículo de transporte coletivo e dano qualificado.

Para se chegar aos criminosos foram expedidos 26 mandados de busca e apreensão que foram cumpridos em Contagem, Passos, Uberaba, Uberlândia, Guaxupe, Patrocínio, Três Corações, Cambuí, Ituiutaba, Pará de Minas, Alfenas, Itaú de Minas e Bom Repouso. Durante a ação, foram apreendidos celulares, computadores, anotações do tráfico e da organização criminosa e drogas.

A operação que resultou na prisão dos criminosos foi denominada de "Operação 1533", o 15 é a 15ª letra do alfabeto, o "P" e o 3, a terceira letra do alfabeto, o "C". A operação coordenada pelo Ministério Público, polícias Civil e Militar e Seap resultou na prisão de três suspeitos nesta quinta-feira e os outros já haviam sido presos anteriormente.