Lobo está quase restabelecido. Foto: DMV/Ufla
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O lobo guará que foi recolhido pela Polícia Militar do Meio Ambiente e por técnicos da Autopista Fernão Dias no dia 24 do mês passado, às margens da BR-381, no município de Santo Antônio do Amparo, foi trazido para Lavras, ele foi internado no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Lavras (Ufla), a princípio, com suspeita de atropelamento, porém, foi constatado que o lobo estava era doente.
O animal foi encontrado prostrado com um ferimento na pata dianteira, ele não conseguia andar. No Hospital Veterinário ele passou por uma bateria de exames e constatou-se que ele tinha uma pequena lesão na pata dianteira. A médica veterinária Samantha Mesquita Favoretto, responsável pelo atendimento do animal, disse que o lobo, apesar do ferimento na pata, não apresentava sinais de atropelamento, ela acreditava que o animal estivesse doente e o encaminhou para uma série de exames, como Raio X, ultrassonografia, hemograma e tudo que a Universidade dispunha.
O lobo é um macho, ele estava apático, mas se alimentando. Exames de sangue constataram que o animal havia contraído a doença do carrapato (erlichiose). O lobo, segundo contou a médica veterinária Samantha Mesquita Favoretto, estava sem reação, tanto que ele era manuseado pela equipe de veterinários sem nenhum problema.
Diagnosticada a doença, deu-se início ao tratamento e hoje, quarta-feira, dia 4, Samantha informou que o lobo está se recuperando bem, já não é mais possível lidar com o animal sem sedá-lo, pois ele está agressivo, o que é um bom sinal de recuperação, já que essa é a reação natural e extintiva do animal selvagem, disse a veterinária.
O lobo se alimenta basicamente com frutas e quem quiser ajudar na sua recuperação, para que ele volte logo ao seu habitat natural, pode doar manga, mamão, banana e outras frutas. O Hospital Veterinário da Ufla, no setor de animais silvestres, tem, além do lobo, maritacas, garça e outras aves que também se alimentam de frutas e milho.
A veterinária Samantha disse que o lobo deve receber alta depois do dia 14, dia em que termina a medicação que está sendo ministrada, depois disso, ele será entregue a guarda do Instituto Estadual de Floretas (IEF), que deverá soltá-lo em seu habitat natural.
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