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No dia 7 de abril, quinta-feira, é o Dia Mundial da Saúde e, exatamente neste dia, os médicos de todo o Brasil vão cruzar os braços em sinal de protesto - eles não atenderão planos de saúde, seguro de saúde e nem realizarão consultas ou outros procedimentos. Os pacientes que tiverem retorno ou outro procedimento neste dia serão agendados para outra data.
O objetivo da manifestação é, segundo os médicos, chamar a atenção para o descaso com que médicos e pacientes são tratados pelas empresas que atuam no setor da saúde. A decisão da paralisação foi tomada depois de uma assembléia extraordinária realizada no dia 28 de março, segunda-feira. Neste dia ficou acertado, também, que todo caso de emergência e de urgência no dia 7, receberão a devida assistência. Os médicos não abandonarão nenhuma vítima de acidente ou com risco de morte, eles serão atendidos.
Os médicos alegam que os planos de saúde interferem no trabalho deles, criam obstáculos para a solicitação de exames e internações, fazem pressão para a redução de procedimentos, os obrigam a anteciparem as altas e a transferência de pacientes.
Segundo os profissionais de saúde, os contratos celebrados entre eles e as operadores dos planos de saúde estão em desacordo com as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde (ANS). Eles criticam, também, os aumentos dos honorários nos últimos dez anos, que são, segundo eles, irrisórios, se comparado ao aumento das mensalidades dos planos de saúde, bem acima da inflação.
A paralisação tem o apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e Associação Médica Brasileira (AMB).
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