Foto ilutrativa
Duas pessoas de Lavras foram vítimas de golpes aplicados por vigaristas, na quarta-feira, dia 16; as duas registraram boletins de ocorrência. A primeira vítima foi um militar reformado, de 73 anos, ele contou aos seus colegas de farda que recebeu uma ligação telefônica de uma pessoa que se identificou como sendo advogado Renato Paulino, do Tribunal de Justiça Federal.
O "advogado" disse ao militar que ele tinha um dinheiro para receber da Capemi (Caixa de Pecúlios, Pensões e Montepios Beneficente), que foi o maior sistema empresarial privado do ramo de previdência complementar. Segundo o "advogado", o militar tinha direito a receber R$ 53 mil e que ele deveria fazer contato com um suposto coronel chamado João Liberio da Cunha, supostamente presidente da Família Militar.
Foi exigido dele um depósito no valor de R$ 2 mil, o que foi feito alguns minutos depois. Passado um tempo, o "advogado" voltou a fazer contato com o militar reformado, dizendo a ele que tinha direito a outra soma em dinheiro, desta vez ainda maior, mas para isso, necessitaria de mais um depósito, desta vez no valor de R$ 6 mil. Com este segundo contato que o militar se deu conta que havia caído em um golpe.
A outra vítima de golpe foi uma mulher de 24 anos, ela, que é auxiliar administrativa, recebeu uma ligação telefônica, no dia 11, sexta-feira, de uma empresa denominada Casa Brasil Créditos do Estado de São Paulo, oferecendo um empréstimo vantajoso, a juros abaixo do mercado; no dia seguinte ela ligou para a empresa e disse que se interessaria por um empréstimo de R$ 5 mil, quando foi informada que ela deveria depositar R$ 500, valor correspondente a 10% do valor do empréstimo, o que foi feito.
Na terça-feira ela ligou para a Casa Brasil de Créditos para saber sobre seu empréstimo, que ainda não havia sido depositado. Ela foi informada que deveria fazer um novo depósito, desta vez no valor de R$ 326, para taxas bancárias. A vítima fez alguns questionamentos e foi informada que a Casa de Créditos Brasil era parceira do Banco Itaú.
Desconfiada, ela foi até a agência do Banco Itaú de Lavras e, em conversa com uma gerente, tomou conhecimento que o Itaú não tem nenhuma ligação com esta empresa e que provavelmente ela nem mesmo existiria. A gerente do Banco Itaú disse à vítima que ela possivelmente havia caído num conto do vigário.
Diante da situação, a vítima procurou a Polícia Militar e registrou um boletim de ocorrências. A preocupação agora da vítima não é com o dinheiro perdido, mas com as informações que foram passadas via e-mail para a empresa, com todos os dados bancários e números de documentos.
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