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(Clique no play e no aumentar o volume para assistir) Vídeo registrado pelo leitor Marcus Ribeiro mostra o momento em que o macaco agonizava para morrer, na passagem da Cruz Vermelha

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A febre amarela avança em Minas, já foram diagnosticados 47 casos da doença no estado, sendo que 22 pacientes continuam internados ou tiveram alta. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte já foram contabilizados 12 óbitos, e a Zona da Mata, seis, concentram a maioria dos casos confirmados, apontam dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgado na tarde de ontem, terça-feira, dia 23. Em relação ao boletim anterior, teve um aumento de 10 mortes confirmadas.

De acordo com o documento da SES, ainda estão sendo investigados 99 casos notificado. Dos 99 casos, 12 pacientes já faleceram. dentre as mortes que estão sendo investigadas, uma delas é do turista paulista que visitava São Tomé das Letras e começou a passar mal, sendo levado para o Hospital São Sebastião, em Três Corações, na quarta-feira, dia 17, ele foi a óbito.

Entre os casos já confirmados, foram 12 mortes na Regional de Saúde de Belo Horizonte: seis em Nova Lima, duas em Belo Horizonte (as vítimas não contraíram a doença na capital mineira), uma em Brumadinho, uma em Rio Acima, uma em Mateus Leme e uma em Caeté. Na Zona da Mata foram registrados seis óbitos: em Goianá, na Regional de Juiz de Fora, Mar de Espanha, Barra Longa, Porto Firme e Viçosa.

Os outros registros de mortes no estado foram em Mariana, onde quatro pessoas faleceram em decorrência da febre amarela, Carmo da Mata, Barão de Cocais e Santa Bárbara, que tiveram uma confirmação em cada município, além de um óbito ocorrido em Poço Fundo, no Sul de Minas.

Ainda conforme o boletim divulgado ontem, macacos foram encontrados mortos em 176 cidades mineiras. Houve confirmação de que animais estavam contaminados pela febre amarela em 32 municípios. A Secretaria de Estado de Saúde ainda investiga mortes de macacos em outros 43 municípios.

Acontece que enquanto a SES divulgava este boletim, dois macacos foram encontrados mortos em Lavras. Um deles foi ontem, na rua Raimunda Marques, próximo ao antigo clube Chaleco. O primata foi visto e fotografado pelo leitor do Jornal de Lavras João Chrisóstomo Pedroso Neto.

O outro macaco foi achado na segunda-feira, na praça da Cruz Vermelha, onde tem uma passagem que liga o bairro Lavrinhas com a rua Samuel Gammon. O leitor Marcus Ribeiro registrou o momento em que o macaquinho agonizava para morrer.

Na manhã de hoje, quarta-feira, dia 24, a Vigilância Epidemiológica recolheu um macaco morto no bairro Lavrinhas e o levou para a Universidade Federal de Lavras (Ufla), onde será necropsiado e seus órgãos enviados para Belo Horizonte, para análise. Se confirmada sua morte por febre amarela, a Vigilância Epidemiologia e a Secretaria Municipal de Saúde tomarão as medidas cabíveis.

Os pequenos macacos encontrados mortos em Lavras não são motivos para pânico. Segundo a Vigilância Epidemiológica, não há nada confirmado sobre ascausas das mortes.

Os animais encontrados mortos são levados para o laboratório de patologia, onde é realizada uma necropsia, caso seja encontradas alterações no fígado e baço, é colhido o material e encaminhado para Belo Horizonte, onde é realizado o exame e dado o diagnóstico.

Vale lembrar que os macacos não são transmissores da febre amarela, eles são vítimas, tanto quanto os seres humanos, do mosquito Aedes Aegypti, que transmite o vírus. Os inimigos da população e dos macacos são os mosquitos. Cabe a população combater o mosquito, eliminando os focos de seus criadouros, que são água parada. O Aedes Aegypti se reproduz em água limpa, em caixas d'águas sem tampas e calhas entupidas, por exemplo.

Macaco encontrado na rua Raimunda Marques, no bairro Jardim Glória

Macaco encontrado na passagem que liga o bairro Lavrinhas com a rua Samuel Gammon