Vista parcial do campus da Ufla, universidade de ensino público de Lavras. Foto: Ascom/Ufla
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Fonte: Estado de Minas (www.em.com.br). Veja matéria na íntegra clicando AQUI
O Banco Mundial apresentou um relatório denominado "Um ajuste justo - propostas para aumentar eficiência e equidade do gasto público no Brasil", e nele tem duas sugestões relacionadas à educação e a saúde. No quesito educacional o banco, que tem sede em Washington, nos Estados Unidos, sugere "cortar gastos públicos sem prejudicar os mais pobres" e aconselhou o governo a acabar com a gratuidade do ensino superior.
De acordo com o Banco Mundial, 65% dos estudantes das instituições de ensino superior federais estão na faixa dos 40% mais ricos da população. O Brasil tem aproximadamente 2 milhões de estudantes nas universidades e institutos federais, ao passo que nas universidades privadas são 8 milhões de estudantes. Porém, o custo médio de um aluno numa faculdade privada é de R$ 14 mil por ano. Nas universidades federais, esse custo salta para R$ 41 mil e nos institutos federais o valor é ainda maior: R$ 74 mil ao ano.
Gasto que, segundo o Banco Mundial, é "muito superior" ao de países como a Espanha e a Itália, por exemplo. No entanto, o valor agregado em termos de conhecimento dos estudantes não é muito diferente do das faculdades privadas. Esse critério considera o que o aluno aprendeu em comparação ao que se esperava que ele tivesse aprendido.
Os gastos do governo com ensino superior são equivalentes a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e crescem, em termos reais, 7% ao ano, acima da média mundial. "As despesas com ensino superior são, ao mesmo tempo, ineficientes e regressivas", diz o relatório.
Já no quesito saúde o Banco Mundial sugere também cortes para economizar, já que a demanda por atendimento na saúde aumenta devido ao envelhecimento da população. Oestudo sugere soluções para ajudar a reduzir os gastos que, segundo o banco, não trariam prejuízo ao atendimento. Se todo o sistema atingisse o nível das unidades mais eficientes, poderiam ser economizados R$ 22 bilhões.
Entre as propostas, está o fechamento de hospitais de pequeno porte, que custam proporcionalmente mais do que os grandes, se for considerado o valor por atendimento prestado. O relatório sugere também o fortalecimento do atendimento primário que filtraria os casos mais complexos para enviar aos hospitais. E que o atendimento dos casos mais simples possa ser feito por profissionais de saúde não médicos, deixando-os liberados para os casos mais complexos.
Link da página do Banco Mundial no Brasil: www.worldbank.org/pt/country/b