Presídio Estadual de Lavras (Foto: Jornal de Lavras)

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Na semana passada surgiu diversos comentários na cidade depois que foi percebida uma grande movimentação de agentes penitenciários de Lavras e de outras cidades no presídio. Viaturas entravam e saiam, quem viu a movimentação ficou assustado, muitos acreditaram que os presos estavam revoltados com a prisão do rapaz que havia espancado sua ex-namorada.

A equipe de reportagem do Jornal de Lavras apurou que realmente aconteceu um princípio de motim no presídio, mas não por causa do rapaz preso por espancar a ex-namorada, a razão foi a superlotação do presídio, que foi projetado para abrigar 120 detentos, porém, na semana passada estava com cerca de 300.

Na terça-feira, dia 7, um preso deu uma forte cabeçada na boca de um agente penitenciário, quando estava sendo conduzido para a escola, que fica num anexo do prédio. Dois dias depois, na quinta-feira, outro preso jogou uma escova de lavar roupa no rosto de outro agente, isso acendeu o estopim e deu início a um motim generalizado onde todos os presos começaram a arremessar marmitas de comida e outros objetos presentes nas celas contra os agentes penitenciários.

Diante da situação, foi acionado o Grupo de Intervenção Rápida (GIR), das cidades de Bom Sucesso, Campo Belo, Oliveira e Nepomuceno, para juntar com a força dos agentes de Lavras para colocar um fim ao motim, o que aconteceu depois da intervenção dos agentes, que dispararam tiros com balas de borracha e lançaram bombas de efeito moral.

Devido à insubordinação dos presos e temendo mais um levante no final de semana, a direção do presídio cancelou as visitas do final de semana, visitas que são realizadas no sábado e no domingo. Outra medida tomada foi a transferência de dez presos de altíssima periculosidade para penitenciárias da região.