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Publicada em: 27/06/2017 22:42 - Atualizada em: 29/06/2017 20:49
Mãe vive momento de pânico em uma parada de ônibus em Perdões
A mãe teve a maternidade questionada por ela ser negra e ter uma filha branca

Jamile Adeas, o marido Roberto Adaes e a criança. Foto extraída das redes sociais 

 

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Nota da Redação: A parada de ônibus onde ocorreu o fato pertence ao município de Ribeirão Vermelho, mas é conhecida como "Graal de Perdões".

Uma mãe passou por momentos de angústia e agonia na noite de ontem, segunda-feira, dia 26, em uma parada de ônibus na cidade de Perdões, ela viajava de São Paulo para Belo Horizonte com sua filha de um ano e cinco meses. Jamile Adaes, de 22 anos, é negra e tem uma filha com seu marido, um homem branco, ela havia viajado para São Paulo, onde trabalha o pai da criança, e passou o final de semana em companhia dele.

Ao retornar, o ônibus parou em Perdões, momento que Jamile desceu com a criança para lanchar. Antes, porém, foi ao banheiro. Uma mulher branca aproximou da criança e estendeu a mão para ela e começou a brincar com a menina, Jamile viu e não se importou.

A mulher que brincava com a criança, repentinamente, começou a gritar: "essa filha é minha!", "essa filha é minha!", "essa filha é minha!", chamando a atenção de todos que estavam na parada. Assustada, Jamile pegou a criança no colo. Uma funcionária da lanchonete aproximou e perguntou a mulher que gritava: "essa preta aí pegou sua filha?"

A partir daí Jamile passou a viver o temor de perder a filha, isso porque todos começaram a questionar se realmente ela era a mãe da menina, já que ela é negra e a filha branca. Para complicar ainda mais a situação, a mulher que gritava, tirou da bolsa uma certidão de nascimento de uma menina de nome Jéssica, de 1 ano e 8 meses, e apresentou como sendo a certidão da filha de Jamile.

A mulher, após apresentar a certidão, começou a gritar mais alto e acusar Jamile de sequestradora. A funcionária da lanchonete tomou a criança dos braços de Jamile e entregou para a mulher. A funcionária disse para Jamile que a menina jamais poderia ser filha dela, pois ela é branca e Jamile negra.

Três outros funcionários da lanchonete, sendo uma mulher e um homem, ajudaram arrancar a criança dos braços da mãe e entregaram para a mulher. Ela chegou a colocar a filha de Jamile dentro do carro e a posicionado em uma cadeirinha de bebê. Neste momento Jamile foi ao desespero.

O motorista do ônibus perguntou a Jamile como ela havia embarcado em São Paulo sem apresentar a documentação da menina, foi quando Jamile lembrou que a identidade da criança estava em sua bolsa. Jamile precisou mostrar para várias pessoas todos os documentos, além de um vídeo do parto que estava no seu celular.

Depois de apresentar a documentação e o vídeo, ela conseguiu pegar a criança de volta. Jamile tentou registrar um boletim de ocorrência em Perdões, porém, o motorista disse que não podia ficar mais e teria que seguir viagem. Temendo pelo que aconteceria com ela na cidade, Jamile foi embora sem fazer o registro naquela cidade.

O boletim de ocorrência foi registrado hoje, terça-feira, na Delegacia da Mulher de Betim. O pesadelo de Jamile foi relatado numa rede social. "Eu me vi perdendo a minha filha simplesmente por eu ser negra e ela não. Não teve uma pessoa que pensou que ela poderia ter descendentes brancos, que o pai poderia ser branco? Tiraram minha filha do meu colo, deram nas mãos de outra mulher e falaram que eu era sequestradora de crianças. Certamente, se eu não tivesse como provar com os documentos, eu tinha perdido ela", desabafou.

Mais sobre o caso:

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