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O golpe do deputado do carro quebrado faz mais uma vítima na região. A primeira vítima foi o prefeito de Nepomuceno, Marcos Memento, que recebeu uma ligação de um vigarista no dia 31 de janeiro, que se passou pelo deputado Jaime Martins, ele disse que estava com seu automóvel quebrado na BR-381 e que precisava de alguém para buscá-lo.

Memento passou a incumbência para dois servidores, eles se prontificaram em buscar o ilustre deputado. Os servidores entraram em contato com o deputado através de telefone e o parlamentar solicitou aos servidores que fossem até um ponto de revenda de cartões telefônicos e recarregassem alguns telefones. Ao todo, os servidores gastaram com estas recargas de telefone, R$ 1,7 mil.

O prefeito Marcos Memento, quando tomou conhecimento do pedido, ligou para Brasília e descobriu que o deputado Jaime Martins estava na capital federal com toda sua família. Foi então que o prefeito descobriu que ele havia caído no conto do vigário.

Passados 8 dias, foi a vez da secretária da Câmara Municipal de Oliveira, Jaqueline Martins da Silveira; ela estava trabalhando quando o telefone tocou e o interlocutor se identificou como sendo o deputado Jaiminho Martins.

O "deputado" contou a história do carro quebrado na Fernão Dias e pediu ajuda. A servidora providenciou imediatamente o veículo para buscá-lo na rodovia e ela, inclusive, acompanhou o motorista; acontece que no trajeto, o "ilustre deputado" ligou novamente e solicitou que a servidora providenciasse algumas recargas de telefone; ele forneceu 18 números. As recargas foram todas efetuadas, totalizando R$ 2.050 de prejuízos para a Câmara Municipal.

Agora foi a vez do secretário de Fazenda da Prefeitura de Paraguaçu, Nilo Sales. Na noite de segunda-feira, dia 15, por volta de 19h, ele estava trabalhando quando recebeu uma ligação do deputado do carro quebrado. O secretário se prontificou em ajudá-lo e, antes de deixar a cidade e ir ao encontro do golpista, o ilustre deputado solicitou ao secretário Nilo Sales que colocasse crédito em seu celular.

Sales foi até uma casa lotérica e em uma ligação, o "deputado" pediu a ele que passasse o telefone para atendente, o que foi prontamente feito. Alguns minutos depois o secretário perguntou a atendente da casa lotérica o que o ilustre deputado havia dito a ela, foi quando o secretário tomou conhecimento que havia caído no conto do vigário. A atendente disse que creditou R$ 2,3 mil em crédito a 15 telefones celulares cujos números foram fornecidos por ele.

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