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Publicada em: 24/01/2017 23:15 - Atualizada em: 25/01/2017 11:05
Lavras registra o primeiro caso de Leishmaniose Visceral Humana no Sul de Minas
A paciente é uma criança de 12 anos, ela tem um quadro de diabetes e baixa imunidade; agora ela também tem Leishmaniose Visceral

Mosquito-palha, transmissor da Leishmaniose Visceral. Imagem: Ministério da Saúde

 

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Lavras registrou o primeiro caso de Leishmaniose Visceral do Sul de Minas e a paciente é uma criança de 12 anos. O resultado do exame que confirmou o diagnóstico chegou a Lavras no final da semana passada. Os médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) desconfiaram que a criança estivesse com Leishmaniose Visceral depois que ela foi levada diversas vezes pelos pais até a UPA, ela tem diabetes e o sistema imunológico baixo.

A criança estava sendo tratada da diabetes e não apresentava melhora e há cerca de duas semanas foi coletada amostra de sangue da criança e enviada para Belo Horizonte, o resultado oficial saiu na semana passada. Mesmo antes da confirmação oficial a criança já estava sendo tratada de Leishmaniose Visceral. Ela já recebeu alta e já está em casa.

Assim que foi confirmado o caso, a Vigilância em Saúde e a Vigilância Ambiental, que captura cães, foram avisadas. Na manhã de hoje chegou a Lavras uma força tarefa enviada pela Secretaria de Estado de Saúde. Os integrantes da força tarefa estão treinando os agentes de Lavras para combater o vetor, o mosquito Phlebotominae conhecido como mosquito-palha, e também, identificar cães com Leishmaniose.

O trabalho da Vigilância Ambiental consiste em capturar cães de rua, e neles são realizados exames para detectar a doença. Caso o exame dê positivo, o cão é eutanisiado no Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Lavras (Ufla). Este trabalho da Vigilância Ambiental vem sendo realizado há muito tempo ininterruptamente por todas as três últimas administrações que antecederam a atual.

Já o trabalho da Vigilância em Saúde consiste em combater o vetor e orientar nos procedimentos a ser tomados, como a higienização dos locais onde são detectados os casos de notificação da existência do mosquito-palha. De acordo com Júlio César Wallwitz Cardoso, gerente da Vigilância em Saúde, em Lavras existe o mosquito-palha e ele é combatido sistematicamente, porém, nunca foi detectado caso de Leishmaniose Visceral humana, apenas em cães.

O mosquito habita e reproduz em matéria orgânica, como cascas e restos de frutas, lixo e outros materiais em decomposição, a higienização desses locais é fundamental para o combate ao vetor.

De acordo com Júlio, após a detecção do caso da criança, que mora no bairro Morada do Sol II, as ações de combate ao mosquito se concentraram naquele bairro.

A primeira providência ao tomar conhecimento do caso de Lavras foi identificar o cão: na casa da criança havia dois cães e eles não apresentaram sintomas, a Vigilância Ambiental localizou o cão doente, ele era da casa da avó da criança.

As ações que estão sendo desenvolvidas no bairro Morada do Sol II são preconizadas pelo Ministério da Saúde, que consistem em: tratamento humano, a criança está recebendo toda a assistência das autoridades de saúde do município, Estado e União; Tratamento epidemiológico no bairro, neste caso tem o apoio da Universidade Federal de Lavras, através do Departamento de Medicina Veterinária; e por fim, o combate ao mosquito-palha.

Segundo Júlio, o combate é bem mais fácil que o combate ao mosquito Aedes aegypti, isso porque o mosquito-palha tem uma autonomia de voo muito pequena, diferente do Aedes, normalmente ele fica concentrado na área. Por essa razão Júlio disse que não há motivos para pânico.

Esta semana o Ministério Público vai se reunir com todos os médicos veterinários de Lavras e exigir deles que notifiquem todos os casos Leishmaniose Visceral, que também é conhecida como calazar, e que seja comunicado imediatamente as autoridades de saúde da cidade.

Júlio disse que até a semana passada Lavras era considerada, de acordo com a nomenclatura do Ministério da Saúde, como Cidade Silenciosa, que são aquelas que têm o vetor, no caso o mosquito-palha, e tem também o reservatório positivo, que é o cão infectado. Agora a cidade passa a ser vista como uma cidade com transmissão canina e humana, neste caso, o Ministério da Saúde canaliza recursos específicos para Lavras para o combate.

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