Sargento Ramos Júnior, em fevereiro, quando falava a TVU sobre o pai que pedia ajuda para desengasgar recém-nascido, ato se repete agora pela terceira vez. Na foto, o militar concedendo entrevista para a TVU quando salvou a primeira criança, em fevereiro de 2016

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Os militares operadores do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), viveram momentos de apreensão na madrugada de domingo, dia 15. Na primeira hora da madrugada de domingo, um dos operadores, sargento Ramos Júnior, recebeu um pedido de socorro por telefone de um pai desesperado, isso porque seu filho, de apenas doze dias de vida, estava engasgado e sem respirar e com a boca roxa.

O sargento Ramos Júnior começou então a orientar o rapaz que repassava as orientações a sua esposa, a mãe do recém-nascido. A orientação do policial seguia a norma internacional, que é a "Manobra de Heimlich", que consiste na desobstrução das vias aéreas.

Seguindo a orientação do militar, a criança voltou a respirar, porém, com alguma dificuldade. O sargento Júnior então orientou o pai da criança a fazer o segundo procedimento da manobra, que consiste em realizar compressões torácicas.

Enquanto o sargento orientava os pais, outros atendentes do Copom comunicaram com a viatura mais próxima do local. A viatura deslocou para o endereço da família. Os policiais, quando chegaram à residência do casal, já encontraram a criança chorando, mas com certa dificuldade para respirar.

Um sargento que estava na viatura, Fábio Rossi Tavares, pegou a criança e continuou o trabalho da manobra de Heimlich, enquanto isso os pais da criança e a criança eram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), para receber os procedimentos médicos.

A criança foi salva graças às orientações do sargento José Ramos Júnior e todos os militares envolvidos. Esta não foi a primeira vez que o sargento estava de plantão no Copom e atendeu casos desta natureza.

A primeira vez que o sargento Ramos Júnior orientou por telefone um pai desesperado a fazer um atendimento de emergência foi no dia 14 de fevereiro de 2016. O policial se sentiu aliviado quando ouviu o choro do bebê de pouco mais de uma semana. O pai emocionado agradeceu ao militar. Toda a conversa foi gravada pelo sistema do Copom. 

No dia 18 de junho do ano passado ele orientou os pais de uma criança de 10 dias, afogada com refluxo gastresofágico, ela ficou sem respirar e durante três minutos os atendentes do Copom passaram por momento de muita tensão, quando a criança voltou a respirar, os militares comemoraram emocionados. Na época, o sargento Ramos Júnior, por telefone conversou com a reportagem do Jornal de Lavras e ele disse: "mais uma vez Deus me presenteou em estar no lugar certo, na hora certa e com isso conseguimos êxito em fazer a criança voltar a respirar". Ainda de acordo com ele: "Deus me deu mais uma oportunidade de ser ferramenta nas mãos d'Ele".

O refluxo gastresofágico, que ocorre no aparelho digestivo em que os ácidos presentes dentro do estômago voltam pelo esôfago, ao invés de seguir o fluxo normal da digestão. Normalmente ocorre após a ingestão de alimento. Se a criança não for socorrida a tempo ela entra em óbito.