Cartazes anunciando greve estão afixados na entrada da UPA de Lavras

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A situação da saúde pública em Lavras, que já andava ruim, com atendimento precário, falta de medicamentos e outros, agora piorou de vez, isso porque o corpo clínico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) entrou em greve por falta de pagamento. Os médicos estão atendendo apenas os casos graves.

Eles alegam que estão sem pagamento há mais de dois meses, além da falta de estrutura para atender aos pacientes. O corpo clínico da UPA tomou todos os cuidados para deflagrar o movimento de paralisação, os médicos alegam que tentaram todo tipo de negociação, porém, não foram atendidos.

Os médicos comunicaram oficialmente às autoridades que cruzariam os braços e na manhã de hoje, sexta-feira, a Unidade de Pronto Atendimento amanheceu com atendimento reduzido e cartazes anunciando a greve.

A greve dos médicos complica também a situação da Polícia Militar, que por lei todos os detidos são obrigados a passar pela UPA para fazer o exame de Auto de Corpo Delito (ACD). Situação difícil também para o Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que atende as ocorrências e não têm para onde levar as vítimas.

A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria de Imprensa da Prefeitura de Lavras na manhã desta sexta-feira, mas as ligações telefônicas não foram atendidas.

A saúde é um dos inúmeros problemas que o prefeito eleito José Cherem vai enfrentar a partir de primeiro de janeiro, todos os setores da administração pública municipal estão comprometidos. O prefeito Silas Costa Pereira, quando assumiu a prefeitura há mais de dois anos disse que tinha uma equipe altamente preparada, ele não conseguiu sequer pagar os salários dos servidores em dia, como fazia antes o ex-prefeito Marcos Cherem, que foi obrigado a deixar o cargo.