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Publicada em: 28/11/2016 20:43 - Atualizada em: 29/11/2016 07:28
Acamar não recebe repasse da Prefeitura de Lavras há seis meses
Prefeitura não repassa recursos para Acamar há seis meses e secretário da Fazenda divide culpa com os vereadores

A Acamar, além de recolher os materiais que seriam encaminhados para o aterro, economizando para o município, presta um importante trabalho de educação ambiental e gera empregos (Fotos: Jornal de Lavras)

 

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A Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Lavras (Acamar) está passando por muita dificuldade, isso porque a Prefeitura de Lavras não faz os repasses para aquela associação de cooperados desde maio. A Acamar, além de recolher os materiais que seriam encaminhados para o aterro, economizando para o município, presta um importante trabalho de educação ambiental e gera empregos.

O repasse da Prefeitura cobre os custos com combustíveis dos caminhões de coleta, paga água, luz, telefone e internet do Centro de Triagem. Os materiais que os educadores ambientais recolhem nos bairros de Lavras são comercializados e a renda dividida entre os associados.

Como a Prefeitura não tem repassado o dinheiro, são os associados que tem arcado com essas despesas. De acordo com o associado Evaldo Cristiano Garcia, representante da Acamar no Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis, o débito da Prefeitura com aquela associação era, até agosto, de R$ 125 mil.

Evaldo disse que diversas vezes representantes da Acamar tentaram receber, porém, não conseguiram. Ainda de acordo com ele, foram enviados ofícios ao secretário da Fazenda Sérgio Luiz Aguiar Castelo e ao próprio prefeito Silas Costa Pereira, de acordo com Evaldo, eles sequer se manifestaram.

Quando a dívida atingiu a soma de R$ 125 mil, uma comissão da Acamar foi até a Secretaria Municipal de Fazenda para conversar com o secretário Castelo. Segundo Evaldo, ficou acordado entre a Prefeitura de Lavras e a Acamar, que a dívida seria paga em duas parcelas, porém, ela teria de ser reduzida para R$ 100 mil.

Ficou acertado que a Prefeitura de Lavras pagaria a Acamar R$ 50 mil em outubro e R$ 50 mil em novembro, porém, o acordo não foi honrado pela Prefeitura. Para complicar ainda mais a situação da Acamar, os repasses dos meses de setembro, outubro e novembro também não foram realizados.

Evaldo contou que como os associados estão bancando as despesas da Acamar, a renda deles foi reduzida a 50%, isso quer dizer que o poder aquisitivo dos educadores ambientais, os chamados "catadores", caiu pela metade. Mesmo assim eles não estão conseguindo cumprir com os compromissos e de acordo com Evaldo, os recolhimentos das parcelas do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) dos associados estão em atraso.

A reportagem do Jornal de Lavras entrou em contato duas vezes com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Lavras, na primeira vez não obtivemos resposta, na segunda vez, fomos informados que o secretário de Fazenda, Sérgio Luiz Aguiar Castelo, disse que o pagamento do acordo firmado e os repasses dos meses de setembro a novembro não foram efetuados porque a Câmara Municipal se negou repassar o dinheiro excedente para a Prefeitura.

Os vereadores decidiram não repassar os recursos para a Prefeitura na reunião ordinária realizada no dia 17, a decisão foi tomada por uma série de razões e uma delas é a falta de garantia de que o dinheiro repassado teria o destino desejado. A proposta seria de que o dinheiro seria usado para pagar o 13º dos servidores e também dos salários, em nenhum momento foi citado a Acamar.

No dia da votação o prefeito Silas postou nas redes sociais: "Aguardamos que a Câmara Municipal repasse o que já pode devolver à prefeitura (cerca de R$ 450 mil) para que possamos pagar mais uma parcela. Confiamos na sensibilidade dos vereadores ao pedido que fizemos nesse sentido, que deverá ser apreciado na reunião extraordinária de amanhã 17/11. Ok presidente???"

No dia da votação o presidente da Câmara, vereador Luciano Fernandes de Melo, leu o ofício do prefeito Silas e teve uma reação surpreendente: o vereador, que até então fazia parte da base aliada de Silas, reagiu dizendo que não devolveria nenhum dinheiro, que tinha compromissos com a folha, 13º dos servidores e que teria que demitir todos assessores e pagar todos seus direitos. O que mais surpreendeu foi a forma que o vereador presidente Luciano Fernandes de Melo falou sobre o pedido de devolução: "aqui não é banco".

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