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Publicada em: 22/11/2016 10:39 - Atualizada em: 22/11/2016 15:41
Laudo de necropsia afirma que menina foi enterrada viva em Carmo da Mata
Divulgação do laudo de necropsia do corpo da menina choca ainda mais os moradores de Carmo da Mata

Padrasto da criança a enterrou viva, médicos legistas encontraram terra nos pulmões da criança, laudo foi divulgado ontem. Foto: Arquivo de família

 

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A Polícia Civil da Delegacia Regional de Campo Belo divulgou laudo sobre a morte da menina Ana Clara Pereira Gonçalves, de 5 anos, a garota foi enterrada viva por seu padrasto, crime que abalou a cidade de Carmo da Mata, Centro-Oeste de Minas. O resultado do laudo foi divulgado ontem, segunda-feira, dia 21, de acordo com a necropsia no corpo da criança, a causa da morte foi asfixia mecânica e obstrução de vias arteriais. Também foi encontrada no pulmão da menina uma porção de terra, o que aponta que ela respirava quando foi enterrada.

De acordo com os legistas não foi encontrada nenhuma lesão interna ou externa, que pudesse causar a morte ou mesmo ter deixado a menina inconsciente. A Polícia Civil de Campo Belo, responsável pelo caso, vai continuar as investigações no intuito de identificar a circunstância, motivação e dinâmica do crime. O delegado Douglas Camarano de Castro, que comanda as apurações, disse que está na fase final de conclusão do inquérito e que vai pedir que a prisão temporária do padrasto seja convertida em preventiva, pelo homicídio qualificado.

Ana Clara desapareceu por volta de 15h do dia 12, ela estava em casa com a mãe, o irmão mais novo e o padrasto. Segundo a mãe da menina, ela havia pedido para brincar na casa de uma coleguinha, mas a mãe não deixou porque a mãe da colega não estava em casa. Ainda de acordo com o depoimento da mãe da menina, prestado na Depol de Campo Belo, "ela se sentou e ficou emburrada porque eu não a deixei sair. Foi o último momento em que eu a vi, pois fui lavar roupa", disse a mãe Marciana Pereira Cruz.

Após a descoberta do sumiço da criança, Marciana e o companheiro foram levados à delegacia de Polícia Civil. O delegado percebeu algumas contradições no depoimento prestado pelo jovem. Por causa disso, ele foi preso temporariamente. Câmeras de segurança instaladas na rua da casa da garota registraram o momento em que o carro do padrasto passou na rua no horário em que a mãe afirma que a filha teria desaparecido.

O padrasto acabou confessando ter matado a criança, segundo os policiais de Campo Belo, ele alegou que a morte da enteada foi acidental. Foi ele que apontou o local onde o corpo da menina havia sido enterrado.

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