Padrasto da criança a enterrou viva, médicos legistas encontraram terra nos pulmões da criança, laudo foi divulgado ontem. Foto: Arquivo de família
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A Polícia Civil da Delegacia Regional de Campo Belo divulgou laudo sobre a morte da menina Ana Clara Pereira Gonçalves, de 5 anos, a garota foi enterrada viva por seu padrasto, crime que abalou a cidade de Carmo da Mata, Centro-Oeste de Minas. O resultado do laudo foi divulgado ontem, segunda-feira, dia 21, de acordo com a necropsia no corpo da criança, a causa da morte foi asfixia mecânica e obstrução de vias arteriais. Também foi encontrada no pulmão da menina uma porção de terra, o que aponta que ela respirava quando foi enterrada.
De acordo com os legistas não foi encontrada nenhuma lesão interna ou externa, que pudesse causar a morte ou mesmo ter deixado a menina inconsciente. A Polícia Civil de Campo Belo, responsável pelo caso, vai continuar as investigações no intuito de identificar a circunstância, motivação e dinâmica do crime. O delegado Douglas Camarano de Castro, que comanda as apurações, disse que está na fase final de conclusão do inquérito e que vai pedir que a prisão temporária do padrasto seja convertida em preventiva, pelo homicídio qualificado.
Ana Clara desapareceu por volta de 15h do dia 12, ela estava em casa com a mãe, o irmão mais novo e o padrasto. Segundo a mãe da menina, ela havia pedido para brincar na casa de uma coleguinha, mas a mãe não deixou porque a mãe da colega não estava em casa. Ainda de acordo com o depoimento da mãe da menina, prestado na Depol de Campo Belo, "ela se sentou e ficou emburrada porque eu não a deixei sair. Foi o último momento em que eu a vi, pois fui lavar roupa", disse a mãe Marciana Pereira Cruz.
Após a descoberta do sumiço da criança, Marciana e o companheiro foram levados à delegacia de Polícia Civil. O delegado percebeu algumas contradições no depoimento prestado pelo jovem. Por causa disso, ele foi preso temporariamente. Câmeras de segurança instaladas na rua da casa da garota registraram o momento em que o carro do padrasto passou na rua no horário em que a mãe afirma que a filha teria desaparecido.
O padrasto acabou confessando ter matado a criança, segundo os policiais de Campo Belo, ele alegou que a morte da enteada foi acidental. Foi ele que apontou o local onde o corpo da menina havia sido enterrado.
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