Moradores do Fonte Verde querem apagar do bairro, o cenário do crime bárbaro (Fotos: Jornal de Lavras)

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Revoltados com o crime que abalou Lavras e ganhou a mídia nacional, o assassinato da garotinha Lídia Acsa da Silva Borges, de apenas dois anos, que foi degolada pela própria mãe, no domingo, dia 13, alguns moradores do bairro Fonte Verde, onde ocorreu o assassinato, impossibilitados de fazerem justiça com as próprias mãos, como eles queriam, resolveram destruir a casa que foi cenário da barbárie.

A destruição começou com a derrubada do muro da frente e dos fundos da casa. Depois as pessoas invadiram a residência e começaram a demolir tudo. Os móveis foram retirados ontem por familiares sob a escolta da polícia, mas a destruição do imóvel não pode ser evitada.

Quem não fez parte do grupo que destruiu a casa também não condena quem participou, para eles, aquela casa teria mesmo que ser demolida, ela seria sempre lembrada como a "casa que a criança foi morta pela própria mãe", que na opinião deles e de todo mundo, é um fato inaceitável.

A destruição começou, efetivamente, na noite de ontem, quando algumas pedras começaram a ser lançadas pela população revoltada, depois o muro da frente da casa foi ao chão. A Polícia Militar esteve no local, mas não foi possível identificar os autores, pois foi uma multidão que agiu.

Na manhã de hoje o grupo voltou a atacar a casa. A equipe de reportagem do Jornal de Lavras esteve no local e as pessoas fizeram questão de mostrar o banheiro, onde aconteceu o assassinato. "Nós destruímos esse banheiro antes de tudo, aqui a menina teve o pescoço cortado pela mãe", disse uma pessoa.

A mãe Sabrina Silva, de 29 anos, confessou ter matado a filha para os delegados Rafael Arruda, da Delegacia de Homicídios e Tráfico de Drogas, e Alexandre Rezende Vieira, da Delegacia de Furtos e Roubos, que estava de plantão na Depol no dia do crime, a confissão foi no início da madrugada de ontem, segunda-feira, nos primeiros 45 minutos do dia.