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/ Homicídio /


Publicada em: 14/11/2016 03:01 - Atualizada em: 14/11/2016 15:29
Mãe confessa que matou filha de 2 anos
Os delegados Alexandre Rezende Vieira e Rafael Arruda desvendaram o crime que chocou Lavras

Delegado Alexandre Rezende Vieira, da Furtos e Roubos, que estava de plantão ontem na Depol de Lavras, quando ocorreu o crime. Abaixo, o delegado Rafael Arruda, da Delegacia de Homicídios e Tráfico de Drogas (Fotos: Jornal de Lavras)

 

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No início da noite deste domingo, dia 13, um crime chocou a cidade de Lavras: uma menina de apenas 2 anos, identificada como Lídia, foi degolada, só não foi decapitada porque a cabeça ficou presa ao corpo pela coluna vertebral. O crime bárbaro aconteceu na rua Ibrahin da Silva, no bairro Fonte Verde.

A PM foi acionada e devido ao grave estado da criança, os próprios policiais militares a conduziram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ela deu entrada já sem vida. O crime abalou os policiais militares que socorreram a criança e também os profissionais da área da saúde, na UPA, para onde a criança foi levada.

O caso ficou sob responsabilidade de dois delegados: Rafael Arruda (foto), da Delegacia de Homicídios e Tráfico de Drogas, e Alexandre Rezende Vieira, da Delegacia de Furtos e Roubos, que estava de plantão ontem na Depol de Lavras, quando ocorreu o homicídio. Eles desvendaram o crime cerca de 6 horas após ter sido cometido: a mãe, Sabrina Silva, 29 anos, confessou ter matado a criança, a confissão foi no início da madrugada desta segunda-feira, nos primeiros 45 minutos do dia.

A princípio a mãe deu a versão de que havia saído com a criança para ir a casa de uma amiga e que, no caminho, foi assaltada por um ladrão que pediu seu celular e R$ 200. Ela disse que não tinha e, segundo sua versão, o ladrão disse que não a machucaria, mas machucaria sua filha, para ele ter tempo de fugir. Ela continuou a versão dizendo que o ladrão cortou o pescoço da menina com uma faca, fugiu e ela voltou para sua casa com a filha gravemente ferida. Chegando em casa telefonou para seus familiares e a polícia foi acionada.

Os delegados encontraram inúmeras contradições na versão da mãe, dentre elas, que a perícia refez o trajeto apontado por ela e não encontrou sangue no caminho que a mãe disse ter percorrido de volta até sua casa. Também foi encontrada na casa, uma faca que aparentemente foi usada e limpa, mas que ainda tinha resquícios de material parecido com sangue. Foi encontrada, ainda, uma toalhinha também suja com material análogo a sangue, abrindo a suspeita de que esta toalha foi utilizada para limpar a faca.

Outro ponto controverso foi o fato da perícia ter constatado que havia três cortes no pescoço da garota, dando indício de que o autor hesitou nas duas primeiras tentativas, o que levantou a suspeita de que o assassino tinha proximidade emocional com a vítima, e não conseguiu cortar seu pescoço na primeira vez.

A equipe de investigadores levantou que, na última sexta-feira, dia 11, foi realizada uma audiência no fórum de Lavras, na qual o juiz decidiu que a guarda da criança seria do pai, com quem a criança já morava, e a mãe teria que pagar pensão à filha. A mãe e seu ex-marido estavam em disputa judicial, e o juiz decidiu que a criança ficaria com a mãe apenas aos domingos, de 14h às 18h. Dentre os motivos para a decisão, foram as provas apresentadas pelo pai de que a mãe não tinha condições psicológicas e emocionais de cuidar da filha. Ele a acusou de envolvimento com drogas e que ela passou por uma internação psiquiátrica logo após o nascimento da filha. A família dela diz que ela teve uma grave depressão o que motivou sua internação.

Diante de todos os indícios e contradições em seu depoimento, Sabrina acabou confessando que foi a autora do homicídio. Ela disse que matou a filha com a faca, dentro de casa, a perícia constatou que o crime aconteceu no banheiro da residência. Ela justificou dizendo que decidiu acabar com o sofrimento de ter que ficar longe da filha, e que primeiro pensou em se matar, mas depois veio a ideia de matar a menina.

Sabrina não aceitava a ideia de perder a guarda da criança e isso foi constatado pela perícia quando encontrou, dentro de sua bíblia, anotações que remetiam a esta não aceitação.

Após ser ouvida, a ré confessa recebeu voz de prisão e foi conduzida ao presídio estadual de Lavras, onde ficará aguardando a decisão da justiça.

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