Transporte de carga está cada vez mais se aprimorando. Foto: Ferrovia Centro-Atlântica
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Amanhã, quinta-feira, dia 20, é comemorado no Brasil o Dia do Maquinista. Um profissional que faz parte da história do desenvolvimento de Lavras, desde 17 de setembro de 1894, há 122 anos, quando chegou a Lavras o primeiro comboio da construção da Companhia Estrada de Ferro Oeste de Minas, rumando depois para Carrancas e seguindo para Barra Mansa, onde se encontra com a Estrada de Ferro Central do Brasil.
Ouviu-se pela primeira vez na cidade o apito de uma locomotiva, ela chegou exatamente às 15h e foi recebida com muita emoção pelos lavrenses, muitos não conheciam aquele meio de transporte. Na oportunidade, falou em nome da comunidade o alferes José Sylvio do Amaral, que saudou a Companhia Estrada de Ferro Oeste de Minas, representada pelos senhores: Randolpho Paiva, Antônio Francisco Rocha e Joaquim Braga.
A ferrovia continua em atividade e se modernizando, mas o patrimônio ferroviário de Lavras está acabando, se deteriorando, para a tristeza daqueles que viveram o auge da ferrovia na cidade, na época dos trens de passageiros, que acabaram e não voltarão mais, pois o modelo implantado hoje no transporte ferroviário viabiliza apenas o transporte de cargas.
A imagem do "velho maquinista" na estação ferroviária de Lavras será eternizada na memória de quem conheceu, a profissão chama a atenção de crianças e adultos, mexe com o imaginário das pessoas. A VLI, empresa que administra a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), tem no seu quadro de empregados alguns profissionais que, além de trabalharem na mesma empresa, compartilham a realização do mesmo sonho.
A empresa, para homenagear os profissionais, destacou alguns deles, são profissionais que tem histórias interessantes e curiosas para contar. Em Araguari, no Triângulo Mineiro, Gerson Soares e seu filho Guto Soares representam duas das três gerações de uma mesma família que escolheram trabalhar na ferrovia. "Tudo o que temos hoje é graças à ferrovia e gosto muito de trabalhar viajando", revela o pai, que trabalha há 10 anos como maquinista. O filho atualmente trabalha como oficial de operações ferroviárias, cuja função é auxiliar maquinistas nas manobras das locomotivas de pátio, mas já tem um objetivo firmado. "Desde pequeno tive muito contato com o serviço do meu pai e fui me apaixonando pela profissão. O meu sonho é ser maquinista e estou na expectativa", conta.
Para ministrar treinamentos e formar a mão de obra especializada que precisa, a VLI possui o Centro de Especialização e Desenvolvimento (CED), localizado na oficina em Divinópolis e reconhecido como referência em treinamentos técnicos na área de logística. A unidade já recebeu visitas de benchmarking de empresas do segmento logístico, inclusive de outros países. De 2012 a 2015, o CED da VLI já capacitou 3.840 pessoas para a profissão de ferroviários, tanto maquinistas como técnicos especializados em locomotivas ou ferrovias em geral.
A VLI também conta com a Unidade Móvel de Treinamentos, uma das alternativas encontradas pela empresa para ter uma atuação mais eficiente na formação de mão de obra nas diversas regiões de atuação. Essa estrutura volante é adequada para treinamentos locais, e contém, além de todos os recursos de uma sala de aula tradicional, equipamentos que permitem aos alunos realizarem a parte prática (simulações e testes).
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